Autores revelaram que iriam se hospedar em hotéis de Corumbá para engolir as cápsulas. (Foto: Divulgação/RFB)Na última semana, servidores da Receita Federal em Corumbá/MS, apoiados pela Polícia Militar, realizaram uma fiscalização de rotina no Posto Esdras, na fronteira com a Bolívia. Durante a ação, em dias alternados, houveram duas apreensões significativas.
No primeiro dia, um boliviano foi flagrado tentando entrar no Brasil por meio de um táxi clandestino. Ao ser revistado, foram encontradas cápsulas envolvidas num saco plástico, contendo cerca de 1,2 Kg de substância análoga à pasta base de cocaína.
No dia seguinte, um cidadão de nacionalidade paraguaia também foi flagrado com o mesmo modus operandi, utilizando cápsulas para transportar a droga.
Segundo informações repassadas, hotéis em Corumbá estão sendo utilizados por mulas do tráfico para engolir a droga, demonstrando uma rota criminosa cada vez mais sofisticada.
A Receita Federal informa que essa é a 19ª apreensão em cápsulas no ano de 2025, com 18 pessoas encaminhadas para a Polícia Federal. Quinze pessoas foram submetidas a procedimentos para expelir a droga na Santa Casa de Corumbá.
Segundo declarações de alguns presos, o valor recebido para transportar a droga foi de cerca de R$ 2.500,00 cada, demonstrando a lucratividade desse tipo de crime.
Em trabalhos conjuntos com órgãos de segurança pública e de fiscalização, nota-se um aumento expressivo desse tipo de transporte por mulas nos últimos meses. Considerando a circulação diária de ônibus clandestinos e regulares com destino a São Paulo, os números apesar de pequenos quando observados individualmente, em média 1,1 Kg por mula, podem ultrapassar toneladas ao longo do mês, se considerarmos o fluxo diário de transporte até São Paulo.
A Receita Federal reforça o compromisso contínuo em combater o comércio irregular de mercadorias e o tráfico de entorpecentes, protegendo a saúde pública e reduzindo prejuízos ao comércio formal e ao agronegócio brasileiro.
A Receita Federal mantém um canal de denúncias ativo através do WhatsApp da Receita Federal no número (67) 99137-7463. A identidade do denunciante é mantida sob sigilo.
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