Comemoração foi considerada um total desrespeito às vítimas de violência doméstica no estado. (Foto: Reprodução)Grupo de Trabalho formado para destravar a análise de 5,3 mil Boletins de Ocorrência, que estavam parados na Delegacia da Mulher de Campo Grande, celebraram com churrasco, nesta semana, a marca de 1.000 boletins analisados. A comemoração postada na rede social da delegada Suzimar Batistela, pegou muito mal e gerou diversas críticas nas redes.
A opinião pública considera a comemoração como um ato descabido e de total desrespeito com as vítimas de violência. Afinal, a análise de boletins de ocorrência que denunciam violência doméstica e crimes de feminicídio não deveriam ser celebrados em hipótese alguma. De acordo com apurações, a "festinha" teria pegado mal inclusive entre os colegas de farda, que se surpreenderam com a presença de integrantes do alto escalão da corporação, como o delegado-geral adjunto, Márcio Faria Custódio.
A morte de Vanessa Ricarte completou dois meses. Foto: Arquivo PessoalA força-tarefa pela análise dos inquéritos acumulados foi iniciada após a morte da jornalista Vanessa Ricarte, morta à facadas pelo companheiro, Caio Nascimento, em 12 de fevereiro. A vítima chegou a comparecer na Deam para denunciar a perseguição de Caio, mas de acordo com áudios enviados pela vítima à amigos, ela não teria recebido o atendimento esperado na delegacia.
A situação fez com que o próprio governador, Eduardo Riedel, se manifestasse em vídeo nas suas redes sociais comentando o caso e se comprometendo a melhorar a rede de proteção às mulheres vítimas de violência no estado. Uma das medidas emergenciais adotadas foi capacitar policiais militares e civis para desempenharem a função de Oficiais de Justiça, na tentativa de acelerar o cumprimento de medidas protetivas. A ação não foi muito bem recebida pela categoria, que reclama do acumulo de mais mais uma função, uma vez que o baixo efetivo já pesa diariamente.
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