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Trabalhadores distribuem mandioca para chamar atenção por acordo coletivo com a Embrapa

16 OUT 2024 • POR Gesiane S. Lourenço • 11h39
Trabalhadores distribuíram 580 quilos de mandioca de mesa produzidas pelos assentados de Corumbá, com o acompanhamento de projetos desenvolvidos pela Embrapa Pantanal. - Foto: Capital do Pantanal

Em alusão ao Dia Mundial da Alimentação e com o objetivo de provar o valor das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa para a segurança alimentar da população, os trabalhadores da unidade Pantanal, em Corumbá, realizaram ação na manhã desta quarta-feira, 16 de outubro, na esquina das ruas Frei Mariano e Treze de Junho, com a distribuição 580 quilos de mandioca de mesa e ramas de nove variedades de diferentes batatas-doces para quem  passou pelo local. 

A mandioca distribuída na ação foi produzida pelos agricultores assentados de Corumbá com o acompanhamento de projetos desenvolvidos pela Embrapa Pantanal. A mandioca é um produto básico para a alimentação corumbaense, e boa parte dela é trazida de outros municípios, Alberto Feiden, da diretoria de comunicação e formação sindical Sinpaf Pantanal, destaca que políticas públicas desenvolvidas na cidade poderiam elevar essa produção a autossuficiência. Também na ação, os pesquisadores apresentaram o resultado de pesquisas de diferentes variedades de batata-doce biofortificadas, desenvolvidas pela Embraba ou em parcerias com outras instituições.  

A ação de hoje faz parte da paralisação nacional que busca chamar a atenção da presidência da instituição para retomada da negociação por reivindicações dos trabalhadores. Alberto Feiden destaca que após várias rodadas de discussões, a instituição apresentou uma pauta fora da realidade discutida. 

"Como a proposta foi recusada pelos trabalhadores, a Embrapa encerrou as negociações de maneira extremamente autoritária. Então, decidimos aproveitar a data de 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, para mostrar a importância das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa para a assegurar uma alimentação saudável para a população de toda a região", declara.

Durante a ação realizada no centro de Corumbá, os trabalhadores apresentaram pautas econômicas e não econômicas reivindicadas pelo sindicato. Entre as não econômica estão a inclusão do controle do assédio moral e sexual no acordo coletivo, a cláusula que trata da proteção de gestantes e lactantes contra trabalhos insalubres e a que inclui assistentes e técnicos como coautores nas publicações onde tiveram participação.

Entre as pautas econômicas pleiteadas pelos trabalhadores estão o pedido de adicional de escolaridade para assistentes e técnicos, que concluíram estudos exigidos para o desempenho da função. "A Embrapa está forçando um acordo bianual, que não foi discutido na mesa de negociação, ela impôs isso como uma exigência final, e esse foi o motivo da não aceitação dos trabalhadores, alé disso, várias outras cláusulas não estão sendo cumpridas. A categoria tem uma perda de 16% nos últimos anos, a Embrapa está oferecendo apenas uma reposição de 2,58%, que é referente a apenas 80% da inflação do ano que passou", destaca.

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