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Trabalhadores da Embrapa realizam paralisação nacional nesta quarta, 16

Em Corumbá, ato acontece na esquina das ruas Frei Mariano e Treze de Junho

15 OUT 2024 • POR Gesiane S. Lourenço • 13h14
Categoria realiza ação nesta quarta-feira, na esquina das ruas Frei Mariano com Treze de Junho. - Foto: Divulgação/Embrapa Pantanal

Nesta quarta-feira, 16 de outubro, os trabalhadores da Embrapa Pantanal vão aderir o movimento nacional de paralisação. Eles estão insatisfeitos com a diretoria da Empresa, que depois de várias rodadas de negociação apresentou uma pauta com elementos, que eles consideram estranhos e que não atendem as necessidades dos trabalhadores, e como a proposta foi rejeitada, a mesa de negociação, encerrou as negociações.

Revoltados com a atitude da Embrapa, os trabalhadores decidiram parar e fazer uma mobilização no dia 16, na esquina das ruas Frei Mariano e Treze de Junho, mostrando a importância das pesquisas da Embrapa para a segurança alimentar da população, distribuindo mandioca, produto básico da alimentação pantaneira e ramas de nove variedades diferentes de batata-doce para a população.

Embora a pauta econômica seja importante, a categoria afirma que as clausulas que mais incomodam não são econômicas e não há nenhuma rasão logica para sua negação.

A categoria lista nove rasões para não aceitar a proposta da Embrapa:

1)    A Cláusula 5.10 trata do assédio moral e sexual,  não tem natureza econômica, não há como aceitar a proposta, pois inclusive foi negado um detalhe básico como o de disponibilizar o acesso ao denunciante sobre os procedimentos. 

2)    A mesma dificuldade se observa, por exemplo, na Cláusula 8.10 que trata da proteção às gestantes e lactantes, onde a Embrapa se nega em estender a proteção contra trabalho insalubre para as terceirizadas, o que também não implica em custo financeiro.

3)    A cláusula  3.8 que trata do adicional de escolaridade dos assistentes e técnicos que adquiriram escolaridade superior à exigida para o cargo , que é uma antiga reivindicação dessas categorias, simplesmente foi retirada da pauta.

4)    A proposta de um acordo bianual não foi discutida na mesa de negociação, no entanto foi apresentada na proposta final como fazendo parte do PACOTÃO, sem a possibilidade de discussão e com a concepção de perdas financeiras.

5)    Há retrocesso na proposta de auxílio creche com a inclusão do termo “até” (cláusula 3.5, Caput) o que dá margem para a Embrapa reduzir o valor deste auxilio unilateralmente e criando empecilho à tramitação das ações judiciais em curso nas torna possível à Embrapa questionar os valores pagos e inclusive também as ações com decisões judiciais sobre os retroativos.

6)    Há claro conflito e confusão em relação à Embrapa querendo se enquadrar como empresa não concorrencial e alegar a busca de empresa concorrente para servir de exemplo quando convém.

7)    Houve ameaça à CNN do Sinpaf e à categoria ao dizer que não haveria mais prorrogação do ACT em mesa de negociação e que novas prorrogações só seriam fornecidas no TST.

8)    Houve pressão ao querer a aprovação do PACOTÃO ou então não oferecer NADA.

9)    A proposta é insuficiente, oferecendo apenas 2,58% de aumento para salários e todos os benefícios, sem contar com a rejeição a inúmeras cláusulas sociais sem impacto financeiro algum.

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