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Dono de fazenda abandonada com animais mortos foi identificado e preso pela PMA

9 SET 2024 • POR Gesiane S. Lourenço • 09h55
Multa aplicada ao proprietário pode somar mais de dois milhões de reais por dia. além de detenção entre 3 meses a 1 ano. - Foto: Divulgação/PMA

Após quatro dias de levantamentos, a Polícia Militar Ambiental (PMA) identificou e localizou o proprietário da fazenda localizada às margens do rio Taquari, onde gados foram encontrados mortos, em visível estado de abandono e maus tratos. O homem foi preso na manhã deste domingo, 08 de setembro, em Campo Grande (MS) e foi conduzido a Delegacia de Polícia de Rio Verde (MS).

A fazenda, situada na região conhecida como Tupã, entre Coxim e Rio Verde, encontrava-se em situação crítica: abandonada, com falta de água e pastagens, ou qualquer outro alimento para os animais, cenário agravado pela seca severa dos últimos dias. Embora o maquinário estivesse em condições de uso, a equipe encontrou um quadro desolador –  mais de 50 bovinos mortos e em torno de 1000 vivos em condições visíveis de abandono e maus-tratos, muitos debilitados e incapazes de se locomover.

Durante a vistoria, os policiais ambientais tentaram socorrer alguns novilhos, oferecendo água de garrafas térmicas e retirando animais que estavam atolados em uma poça de lama. A ação contou com o apoio da IAGRO (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), e Ministério Público Estadual (MPE).
Destinação dos animais.

A fazenda, na região conhecida como Tupã, entre Coxim e Rio Verde, tinha mais de 50 bovinos mortos e cerca de 1000 em pleno estado de abandono. Foto: Divulgação 

Após os levantamentos serem concluídos pela PMA, a destinação dos animais ficará a cargo da Justiça, que poderá determinar o socorro imediato pelo proprietário através de sequestro de bens ou, eventualmente, realizar um leilão para resolver o caso o quanto antes.

Responsabilização Administrativa e Penal

A infração cometida prevê uma multa de R$ 3.000,00 por animal, aplicada diariamente enquanto a situação perdura, podendo somar mais de dois milhões de reais por dia. A pena pode variar de 3 meses a 1 ano de detenção, conforme previsto em lei.

As ações de socorro aos animais continuam sendo conduzidas pelos órgãos de proteção animal, enquanto a PMA se limita às medidas administrativas e encaminhamento do caso à Polícia Civil para as providências criminais.

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