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Mãe de Mateus contesta que o filho tenha morrido por Rotavírus

27 JUL 2024 • POR Gesiane S. Lourenço • 10h07
Claudineia acredita que Mateus não pode entrar na estatística de óbito por rotavírus porque ele não passou por exame que confirmasse o diagnóstico. - Foto: Enviado ao Capital do Pantanal

A declaração dada por coordenadora do Cievs (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) de Corumbá, durante entrevista ao MS 1 da TV Morena, nesta sexta-feira, 26 de julho, causou revolta em Claudineia Oliveira Pereira, mãe do pequeno Mateus, de 9 meses, falecido em 6 de julho, na Santa Casa. 

Na entrevista, durante matéria que alertava a população sobre um surto de rotavírus na cidade, a coordenadora do Cievs, Elaíze Teixeira Barreto, afirmou que a morte de Mateus teria sido em decorrência do rotavírus. "Com óbito confirmado por quadro clínico, epidemiológico que a gente fala, devido a sua irmã ter realizado o exame e foi comprovado para rotavírus", explica a coordenadora.

Ao assistir o telejornal, Claudineia diz ter se sentido revoltada, porque segundo ela, Mateus não fez exames clínicos que comprovassem o diagnóstico de rotavírus, e entre todas as causas do óbito apontadas na certidão, não há diarreia aguda nem rotavírus. "Eles não podem confirmar que o Mateus estava com rotavírus se baseando nos exames da Maitê. Eles não realizaram exame de fezes no Mateus para diagnosticar o rotavírus, fizeram somente coleta da secreção do nariz e da saliva, mas não fizeram o de fezes", diz a mãe.

Rotavírus não aparace na certidão de óbito de Mateus. Foto: Enviado ao CDP

Na certidão de óbito da criança, ao qual o Capital do Pantanal teve acesso, as causas da morte de Mateus foram apontadas como: parada cardiorrespiratória, sepse (infecção generalizada), pneumonia bacteriana, gastroenterite de origem infecciosa.

Mateus faleceu em 6 de julho, após idas diárias ao hospital, iniciadas na quinta-feira, dia 4. De acordo com o relato da mãe, os médicos examinavam Mateus, receitavam medicamentos, inclusive injetável, e o mandavam de volta pra casa, porém não havia melhora. No sábado, 4 de julho, Mateus foi internado com bastante cansaço. O menino faleceu após sofrer duas convulsões e uma parada cardiorrespiratória. Para Claudineia, o filho foi vítima de negligência médica. Ela afirma que o caso já foi denunciado ao Ministério Público. 

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