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Mato Grosso do Sul possui 80 mil famílias agricultoras

Orçamento do governo do estado para a agricultura familiar neste ano está previsto em R$ 40 milhões

26 JUL 2024 • POR Redação do Capital do Pantanal • 08h58
Orçamento do governo do estado para a agricultura familiar neste ano está previsto em R$ 40 milhões. - Foto: Bruno Rezende

Mato Grosso do Sul possui 80 mil famílias inseridas na Agricultura Familiar. São famílias que contribuem com o desenvolvimento da economia e do campo através de uma agricultura sustentável e de baixa emissão de carbono. 

Nesta quinta-feira, 25 de julho, data em que se celebra o Dia da Agricultura Familiar, o Governo do Estado reafirmou seu compromisso com o setor destinando recursos e equipamentos para que estas famílias ampliem a produção, contribuindo para a geração de empregos. O apoio contribui para a preservação da cultura local e conservação ambiental. Somente no orçamento deste ano estão previstos R$ 40 milhões para a agricultura familiar.

Esse trabalho é realizado por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) através da Seaf (Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais) e pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural). O foco está na promoção da sustentabilidade, competitividade e dignidade dos agricultores familiares sul-mato-grossenses.

Entre as ações estão o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que somente neste ano já destinou mais de R$ 10 milhões e tem previsão de liberar mais R$ 24 milhões até 2027 em parceria com o Governo Federal, entre outros projetos inovadores e inclusivos.

Secretário titular da Semadesc, Jaime Verruck explica que dos 17 ODS, as ações da Seaf atende a três, sendo eles: ODS1 - Erradicação da pobreza; ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável; e ODS 17 – Parcerias e Meio de implementação.

Ele destaca outro programa que é inédito no País e que já foi lançado pelo Estado, o projeto Agroflorestar MS Carbono Neutro. "Trata-se de parceria entre o poder público em Mato Grosso do Sul e a iniciativa privada para a inserção da agricultura familiar sul-mato-grossense no mercado de créditos de carbono", comenta.

Entre os projetos em desenvolviomento para o setor está o PAA Sementes. Foto: Bruno Rezende

Para o secretário-executivo da Agricultura Familiar Humberto Melo, a agricultura familiar passa por um processo de renovação no Estado. "A agricultura familiar passa por um processo de afirmação. Criamos a secretaria, que é um espaço de referência para a concepção e formulação de políticas públicas para a agricultura familiar. Em um ano e meio de Governo Riedel, fizemos todo um processo de afirmação, conferência, buscamos inserir a agricultura familiar no plano Plurianual com programas e projetos que estão de acordo com as demandas levantadas nas conferências realizadas em todo o Estado", enfatizou.

Na Bioeconomia ele assinala que a Seaf tem projetos em andamento. "Estamos realizando um trabalho forte para gerar renda a partir de produtos da biodiversidade existentes nas comunidades rurais, sendo a pesquisa e extração de biodiesel da macaúba, uma das propostas".

Melo ressalta a importância do PAA neste processo. "O PAA representa um passo importante na valorização dos produtos da agricultura familiar. Temos o PAA indígena que é o maior do País. Somente neste executamos 5 milhões envolvendo 600 agricultores indígenas, PAA Leite concluindo primeira etapa com 100 produtores envolvidos e R$ 1,2 milhão de produtos lácteos adquiridos dos produtores e entregues as famílias com vulnerabilidade alimentar", exemplificou.

Outro projeto é o PAA Hortifruti, que terá recursos na ordem de R$ 3 milhões para atender 200 produtores, com cota anual de 15.000. Sendo ainda mais R$ 700 mil para aquisição de uma camionete e um caminhão baú refrigerado.

"Com todas estas ações vamos incentivar a produção de hortifrutis também para melhorar a alimentação da população mais necessitada. Tudo isso tem um efeito multiplicador. De um lado temos o produtor produzindo e recebendo preço justo pela produção e com a certeza de que produzindo tem onde vender. De outro lado existe a melhoria na alimentação das famílias que recebem produto fresco de qualidade vindo da agricultura familiar", concluiu. *Informações da Comunicação Semadesc

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