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Criança de nove meses morre em Corumbá e família fala em negligência médica

9 JUL 2024 • POR Redação do Capital do Pantanal • 15h06
Mãe acredita que filho não recebeu o atendimento adequado. - Foto: Arquivo Pessoal

Claudineia Oliveira Pereira é mãe do pequeno Mateus, de nove meses, que faleceu na noite de sábado, 06 de julho, enquanto estava sob cuidados médicos na rede pública de saúde de Corumbá. Inconformados, a família fala que o óbito do bebê se deu por negligência médica. 

A mãe diz que sua primeira busca por atendimento aconteceu ainda na quinta-feira, 04 de julho, quando de acordo com Claudineia, seus filhos gêmeos, Mateus e Maitê, apresentavam diarréia e vômito. A mãe diz que o médico de plantão avaliou seus filhos, receitou uma injeção e medicamentos. O injetável foi aplicado e a família comprou e administrou os medicamentos conforme a orientação. 

Percebendo que o quadro das crianças não apresentava melhora, Claudineia retornou ao atendimento médico. Sendo atendida por outro profissional, este lhe informou que entrariam com o uso de antibiótico. 

Claudineia diz que novamente seguindo as orientações comprou o medicamento e retornou para casa. 

Na madrugada de sábado, 06 de julho, a mãe percebeu que Mateus estava com a temperatura muito baixa, ela então seguiu com o filho para o médico novamente. A criança foi atendida e mais ou menos duas horas depois, um profissional pediatra chegou para avaliar Mateus. A criança foi levada para pediatria e foi medicada. A mãe diz que Mateus apresentava cansaço e que o médico não conseguia lhe esclarecer do que se tratava. O profissional disse que solicitaria a remoção da criança para Campo Grande.

A mãe explica que após o atendimento durante a manhã de sábado, o pediatra saiu e não retornou mais. Depois das 16h, teria ocorrido troca de plantão, momento em que a mãe disse ter percebido que o filho apresentava sinais de convulsão. Ela diz que alertava a piora do filho aos enfermeiros e solicitava a presença do pediatra, porém, segundo ela, os enfermeiros de plantão avisavam que o médico já havia sido informado. 

Segundo Claudineia, quando o médico chegou, seu filho já havia sofrido duas convulsões e uma parada cardiorrespiratória. A criança não resistiu e veio a óbito. 

Claudineia diz que o diagnóstico do filho era de pneumonia. Ela acredita que se o filho tivesse passado por exame raio x ainda na quinta-feira, no primeiro dia em que ela buscou o atendimento, ele teria recebido o tratamento adequado e teria tido mais chances de sobreviver. 

Por telefone, o presidente da junta interventora da Santa Casa, Milton Carlos de Melo, disse que já solicitou um relatório técnico sobre o caso.  Sobre a suspeita de negligência médica, ele diz que a família deve procurar o Ministério Público para fazer a denuncia. "Nosso interesse é de que a família tenha as devidas respostas", disse Milton, indicando ainda que o Conselho de Medicina irá avaliar a denúncia da família e que sendo constatado negligência médica, o profissional receberá as devidas punições. 

No fechamento dessa matéria, a família confirmou que já compareceu ao Ministério Público para formalizar a denúncia.

O uso da foto nessa matéria foi autorizada pela família da criança.