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Área incendiada em 6 meses no Pantanal é quase tudo o que queimou em 2023

1 JUL 2024 • POR Gesiane S. Lourenço • 14h01
O mês de junho de 2024 marca a história do bioma, como sendo o de mais perdas com incêndios nos últimos 22 anos. - Foto: Divulgação/Bombeiros

Até o fim de junho deste ano, uma área de 700.725 hectares foi queimada pelos incêndios florestais no Pantanal. O tamanho já se aproxima do que queimou em 2023 inteiro (946 mil hectares) e equivale a quase um terço do território do estado de Sergipe. Os dados são do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O mês que encerrou neste ontem já ficou marcado na história do bioma. Foi o de mais perdas com incêndios na comparação aos últimos 22 junhos, segundo o monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais). Junho também foi o mês em que a ajuda nacional começou a chegar, com mais brigadistas, mais veículos, mais aeronaves e mais equipamentos que estão em ação neste momento para tentar evitar que o cenário piore.

Uma força-tarefa está identificando as causas e origens dos incêndios na vegetação pantaneira. O Inpe já apurou que 95% deles inciaram em terras particulares. A menor parte foi em áreas públicas de preservação e em terra indígena.

Presidente do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), uma das organizações que atuam na prevenção e no combate direto ao fogo, Ângelo Rabelo afirma que não se sabe o que esperar para o segundo semestre no Pantanal. 

Ele reconhece que a infraestrutura das operações melhorou, inclusive com a chegada de reforço aéreo com potencial para lançar muita água, mas destaca que ainda há faltas.

"A partir do trabalho preventivo, precisamos calibrar o tempo de resposta. Ainda é um desafio para todos nós essa capacidade de mobilização às áreas isoladas e o tempo de resposta", diz Rabelo. 

*Informações do CG News

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