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Fumaça resultante das queimadas escurece o céu de Corumbá

29 JUN 2024 • POR Gesiane S. Lourenço • 10h19
Registro foi feito por volta de 12h30 desta sexta-feira (28), no aeroporto internacional de Corumbá. - Foto: Fernanda Cano/Ecoa

Nesta sexta-feira, 28 de junho, os corumbaenses foram surpreendidos com um cenário de fim de tarde quando ainda não era se quer 13 horas da tarde. Isso porque o céu foi tomado por nuvens escuras de fumaça que encobriram o Sol. O registro foi feito pela coordenadora e especialista em Monitoramento Ambiental da Ecoa, Fernanda Cano, no Aeroporto de Corumbá, por volta de meio-dia e meia.

Além de atrapalhar o tráfego aéreo, a fumaça representa um grande risco para a população, por conta das partículas tóxicas que estão em suspensão no ar. Vale destacar o estudo recém-publicado por 13 cientistas, incluindo dois membros da Ecoa, que constatou um aumento de internações por doenças respiratórias em situações como essa, afetando com mais gravidade crianças e idosos.

De acordo com o médico, Dr. Samir Mohamad Moussa, que atende no Pronto Socorro do Município, muitos pacientes tem chegado na rede pública com os mesmos sintomas. "Eles chegam reclamando de tosse seca, sensação de irritação na garganta, falta de ar, olhos irritados, rouquidão e dor na cabeça. A recomendação é aumentar a hidratação do corpo e lubrificar a região nasal com soro. Na piora dos sintomas, o ideal é que procure um médico".

Dr. Samir orienta que as pessoas devem evitar o contato com a fumaça e fuligem, princialmente as que já são diagnosticadas com problemas respiratórios, como a rinite. "Pais devem evitar deixar as crianças na rua, tenho atendido muitas crianças com crise de asma, que há mais de cinco anos não sofriam com os sintomas. Ao perceber cansaço e chiado no peito, já traga a criança para o atendimento médico", alerta.

Neste ano, temporada de incêndios no Pantanal iniciou com muita antecedência, no ano passado, o ponto mais severo das queimadas aconteceu no mês de setembro e, neste ano, junho ainda nem acabou, mas já registra números que superam os de 2020, quando o bioma registrou recorde de queimadas. As queimadas nos seis primeiros meses de 2024 já são 8% maiores em comparação com o mesmo período de 2020. Com informações do Ecoa.

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