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Em meio a nova tragédia no Pantanal, espetáculo Guadakan sensibiliza público em SP

26 JUN 2024 • POR Assessoria, Moinho Cultural • 12h26
Aberto ao público, o espetáculo reuniu cerca de 300 pessoas. - Alice Aquino

O Pantanal sul-mato-grossense voltou a queimar. Animais, principalmente répteis e anfíbios, voltaram a ser vítimas das chamas. O colorido, tão característico do bioma, já dá lugar às cinzas. Enquanto focos de incêndios têm se alastrado pelo Pantanal, a maior planície alagável do planeta, o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano segue com a missão de chamar a atenção para o problema e sensibilizar, por meio da arte. Nesta semana, bailarinos da Cia de Dança do Pantanal e músicos da OCAMP (Orquestra de Câmara do Pantanal) apresentaram, em São Paulo, o espetáculo Guadakan.

Concebido a partir de um mito indígena Guató, uma etnia estabelecida na fronteira do Brasil com a Bolívia, o espetáculo “Guadakan” conta uma história que ressalta a necessidade da preservação do Pantanal e toda a sua biodiversidade, principalmente no atual momento vivido pela Humanidade, com diversos tipos de mudanças e emergências climáticas. Unindo dança contemporânea e música, com uma trilha sonora executada ao vivo pela OCAMP, a montagem faz uma viagem às origens dos povos do Pantanal, buscando a sabedoria dessa ancestralidade, que atravessa gerações, para revelar alertas.

Após assistir ao espetáculo no Teatro CEU Vila Alpina, na zona leste de São Paulo, Andreia Fukuda, da J. Macêdo, convidou a todos a colaborarem com o Pantanal. “Assisti e me emocionei muito e, além de me emocionar, (o espetáculo) traz uma pauta muito importante para o meio ambiente e o nosso Pantanal. Assistam e colaborem”, pediu.

Aberto ao público, o espetáculo reuniu cerca de 300 pessoas. Entre elas, Tânia Tapias saiu emocionada. “Realmente é uma emoção. A mensagem que eles passam deveria ser repercutida, divulgada e mostrada para que as pessoas sintam o que acontece no Pantanal”, destacou.

Espetáculo fala sobre a necessidade de prevenção ao meio ambiente. Foto: Alice Aquino

O Instituto Camará Calunga levou 44 adolescentes, direto da Baixada Santista, para assistirem o espetáculo e entenderem um pouco mais sobre o bioma pantaneiro. “Assim que recebemos o convite, já nos mobilizamos para vir. Deu para sentir na pele o que o Pantanal está passando. Foi um espetáculo incrível, que nos tocou, com certeza”, afirmou Valéria Alves.

Além da apresentação, os bailarinos da Cia. de Dança do Pantanal participaram de um intercâmbio com o Ballet Paraisópolis, fundado em 2012, na zona sul de São Paulo.

Monica Tarragó é diretora do ballet e conta que este momento de troca com a Cia de Dança do Pantanal já era um sonho antigo. “Foi um sonho que começou lá no passado e hoje se concretizou. Estou felicíssima. Trocar arte, amor, experiências. Agora, eu quero ir para lá. A experiência foi bárbara”, garantiu.

“Guadakan”, adaptado para ser apresentado em formato de turnê, já foi visto por mais de 4 mil pessoas em cidades como Corumbá, Campo Grande, Dourados e Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

Além da apresentação do espetáculo, grupo participou de intercâmbio com Ballet Paraisópolis. Foto: Alice Aquino

Durante a turnê em São Paulo, trechos do espetáculo também foram apresentados durante o lançamento de um projeto inédito de créditos de biodiversidade, que envolve a atuação do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), a ERA, Regen e Okala, e foi lançado oficialmente no dia 18 de junho, no AYA Hub, em São Paulo.

O patrocínio master foi do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, além do patrocínio da LHG Mining, BTG Pactual e Too Seguros. O projeto tem parceria com Criança Esperança, J.Macêdo, Fecomércio – Sesc, Sicredi, Sebrae e Sesi, apoio cultural Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul e Governo do Mato Grosso do Sul, parceria institucional da Prefeitura de Corumbá, Prefeitura de Ladário, Prefeitura de Puerto Suárez, Prefeitura de Puerto Quijarro, Instituto Homem Pantaneiro, IFMS, UFMS, Acaia Pantanal e outros doadores pessoa física e jurídica. Em São Paulo, o projeto tem apoio da Prefeitura de São Paulo, Instituto Baccarelli e CEU Vila Alpina / Vila Prudente - Virgínia Leone Bicudo.

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