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Setor de transporte protesta por falta de combustível e ameaça fechar a fronteira

20 MAI 2024 • POR Gesiane S. Lourenço • 10h43
Protesto teve inicio nesta manhã na fronteira da Bolívia com Corumbá. - Foto: Capital do Pantanal

O protesto do setor de transporte na Bolívia teve inicio na madrugada desta segunda-feira (20), com o bloqueio da rodovia La Paz-Oruro, no setor Pasto Grande, e já tem ações na fronteira com Corumbá. Manifestantes pedem pela garantia de combustível, aprovação do decreto 5146, manutenção da estrada carreteira e a liberação de dólares no mercado.

O líder do setor, Jorge Gutiérrez, disse ao jornal boliviano, El Deber, que esta primeira medida será cumprida por 24 horas, e que em breve novas manifestações ocorrerão por 48 horas e 72 horas. Podendo ainda ser iniciada uma greve por tempo indeterminado, com fechamento de fronteiras, caso as demandas do setor não sejam atendidas pelo Governo. 

Há grande aglomeração de pessoas na fronteira. Foto: Capital do Pantanal

Gutiérrez assegura que o setor não consegue desenvolver suas atividades normalmente por falta de dólares no mercado e, que atualmente estão obtendo a moeda por fontes "paralelas" por até nove bolivianos, enquanto o câmbio oficial é de Bs 6,96.

O líder aponta ainda que para conseguirem alguns litros de combustível estão dormindo por uma ou duas noites na fila. "Quero apelar aos governantes para que não façam com que isso se torne mais convulsivo, este é apenas um primeiro movimento", alerta.

Na fronteira da Bolívia com Corumbá, a manifestação teve inicio nesta manhã. Caminhões estão estacionados fechando a rua de acesso a Puerto Quijarro, juntamente com pessoas em aglomeração, segurando cartazes em protesto pela falta de combustível. 

O ministro da Economia na Bolívia, Marcelo Montenegro, afirma que o governo nacional está fornecendo diesel e gasolina normalmente e que em relação a moeda norte-americana, o Banco Central "já captou 59 milhões de dólares e, o banco tem mais de 465 milhões de dólares", ele afirma que bancos serão sancionados por não terem concedido os recursos em tempo útil. 

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