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Marquês de Sapucaí abre a primeira noite de desfiles com a força do povo Guaicuru

11 FEV 2024 • POR Gesiane Sousa • 21h00
Marquês de Sapucaí faz homenagem aos povos indígenas. - Foto: Capital do Pantanal

Com o enredo: “Sou guerreiro valente Guaicuru! A minha resistência foi para sua existência”, a Marquês de Sapucaí abre a primeira noite de desfile das escolas de samba de Corumbá, neste domingo (11), com 700 componentes, quatro alegorias e 15 alas. 

O enredo da escola conta a origem dos povos indígenas, nos primórdios da humanidade. Quando a natureza era exuberante e viva, os rios eram cheios e fartos, tudo era perfeito pelas mãos do criador... a fauna, a flora, tudo em equilíbrio, mas faltava algo para contemplar esse deslumbrante paraíso encantador. O criador decide criar os povos indígenas, diversos eram eles: Guanás, Guachi, Paiaguá, Guarani, kadiwéu, e para estes povos foram distribuídas todas as riquezas que o criador obtinha, mas o Carcará, inconformado, sentia a falta de mais um povo, pede então para que o criador fizesse os Guaicurus. E da lamúria do Carcará dar-se então a criação de um povo guerreiro e valente.

Com quatro setores na avenida, a escola, infelizmente, deve sofrer penalizações por fantasias visivelmente incompletas. No primeiro setor, da comissão de frente até a 6ª ala, dos Guatós, a agremiação conta sobre a criação dos guaicurus, etnias rivais, e como era seu território antes da chegada dos invasores.

O 2° setor tem inicio com a segunda alegoria, ‘Os colonizadores’, e se encerrara com a ala das baianas. Neste trecho, a agremiação mostra a chegada dos colonizadores em busca das riquezas no território Guaicuru, onde foram travadas batalhas sangrentas e diversas tentativas de evangelização.

Comissão de frente apresentou uma bela coreografia indígena. Foto: Capital do Pantanal

O 3° setor inicia com o 3º carro alegórico, ‘O Pantanal’ e se encerrara na ala ‘O rio Paraguai’. Nesta parte, a escola mostra o que foi deixado como herança pelos Guaicuru, e o que a sociedade faz com o território conquistado na garra e na coragem.

O 4° e último setor, a partir da 14ª ala: “Um só coração”, agradece aos indígenas guerreiros Guaicurus por tudo que fizeram para que hoje a humanidade pudesse habitar no lugar em que vivemos. 

A rainha de bateria representa a soberania Guaicuru e a resistência do povo indígena através dos tempos. O mestre de bateria, como cacique kadwéus é o responsável por orquestrar e proteger a herança Guaicuru.

Ficha técnica 

G.R.E.S.M.I. Marquês de Sapucaí
Fundação: 29 de fevereiro de 1988
Cores: Azul, Amarelo, Verde, Branco e Lilás
Presidente: Odeti brincker Bueno
Vice Presidente: Ademir da Silva Arruda
Presidente de honra: Vanderlei dos santos
Diretor de carnaval: Héverton gaete
Diretor de harmonia: Marcelo Rodrigues carrelo
Intérprete: Thiago Brito
Mestre de bateria: Mario Gutierrez
Rainha de bateria: kevelyn Aragão
Mestre sala: Victor Hugo de souza
Porta bandeira: Julia Soares de souza
Coreógrafo: Marcelo samaniego
Carnavalesco: júnior santos
N° de componentes: 700
N° de alegorias: 4
N° de elementos cenográficos. 1
N° de alas: 15

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