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Advogado é preso em flagrante por aplicar golpe ao tentar vender terreno de outra pessoa

5 OUT 2022 • POR Midiamax • 16h00

Um advogado de Campo Grande foi preso em flagrante na tarde de terça-feira (4) em um cartório no Centro da cidade, quando tentava vender um terreno que não lhe pertencia e sem autorização do verdadeiro proprietário.

A vítima, uma mulher, contou que visualizou anúncio no mês passado sobre a venda do terreno e entrou em contato. Com o suposto proprietário foi acordado uma permuta em relação a um terreno que seu marido também possui. Após a negociação, ficou acordado que o advogado finalizaria a transação. O advogado, desmentiu a primeira pessoa que fez contato e disse que o terreno era de sua propriedade, e que inclusive possuía outros 7 terrenos na região, Bairro Chácara dos Poderes.

A mulher chegou a ver o terreno, que ainda está com área bruta de mata e após acordado, na tarde de terça-feira a mulher foi ao cartório com o advogado, mas desconfiada resolveu consultar a descrição do terreno e acabou descobrindo que o local estava no nome de uma mulher. Em seguida ligou para o advogado da proprietário do terreno, que lhe informou que o local não estava à venda e que seria um golpe.  

A mulher relatou que o terreno foi oferecido por R$ 100 mil e que já havia feito até contrato de permuta, passando seu terreno para o golpista.

Após avisar os verdadeiros donos, informou que estava no cartório com o tal advogado. Logo em seguida policiais chegaram no local. Ambos foram levados para a Depac Centro, onde foi apresentado prints das conversas e negociações entre vítima e autor.

Foi constatado que o homem usava uma procuração falsa lavrada no Cartório de Notas do Maranhão e tentou fazer uso deste documento no cartório de Campo Grande. Como ele tentou a fazer o mesmo com outro terreno da mesma proprietária, o filho da dona dos terrenos, que também é advogado, acredita que o autor tem a relação de imóveis que pertence a sua mãe e tenta vende-los como seu.

A vítima disse ainda que de início não desconfiou de nada ilícito, pois se tratava de um advogado, inclusive havia assinado o contrato no escritório dele.

Em interrogatório na delegacia, o autor preferiu permanecer e silêncio.

Em audiência de custódia, nesta quarta-feira (5), foi solto após pagar fiança de R$ 3.636.