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Jipeiros multados em R$ 210 mil degradavam áreas protegidas do Pantanal

21 SET 2022 • POR Assessoria • 10h25
Ao todo, 21 jipeiros de diferentes estados foram localizados, notificados e multados. - Divulgação/PMA

Policiais Militares Ambientais de Aquidauana concluíram nesta terça-feira (20), a identificação, endereço, notificação e autuação de 21 “jiperios” por degradação de áreas protegidas. Depois de receber denúncias de que grupos de pessoas com veículos traçados estariam adentrando em áreas protegidas como leitos de rios, vazantes, inclusive, em propriedades privadas, a Polícia Militar Ambiental de Aquidauana, desde o dia 16 de julho, iniciou trabalhos para averiguar a denúncia, tendo em vista a notícia de uma expedição do tipo, na data.

Nos levantamentos, a equipe visualizou na ponte que passa por uma fazenda, vários veículos no interior do Rio Negro e, notadamente às margens da área de preservação permanente (APP). Os veículos de trilha estavam também estacionados a menos de 30 metros do leito do rio e, além disso, embora no local haja uma ponte, na rodovia (MS 170), em perfeitas condições de passagem, ficou evidenciado a negligência dos ocupantes em decidir passar pelo interior do rio negro, bem como a realizar manobras (zerinhos) nas áreas protegidas dos cursos d’água.

A partir daí, a PMA de Aquidauana iniciou processo de identificação e notificação dos infratores, tendo em vista que a grande maioria é de pessoas de outros estados. Ao todo, 21 pessoas foram autuadas administrativamente e multadas em R$ 10 mil cada um, perfazendo um total de R$ 210 mil, por destruir, danificar, sobretudo, por utilizar área de preservação permanente com infringência das normas de proteção. Todos receberão os autos em suas residências.

Dos infratores, 17 possuem idades entre 32 a 70 anos e são residentes em São Paulo (SP), um tem 65 anos e é residente em Bragança Paulista (SP), um de 63 anos reside em Lavras (MG), um de 54 anos em Jaguaruna (SC) e um campo-grandense de 50 anos, também poderão responder por crime ambiental, com penas prevista de um a três anos de detenção.

A PMA alerta que esse tipo de atividade precisa ser licenciado pelo órgão Ambiental (Imasul).