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Monkeypox: infectologista esclarece as principais dúvidas

19 JUL 2022 • POR Redação • 09h15
A infectologista Dra. Haydée Marina respondeu as principais dúvidas sobre a doença. - Divulgação/Unimed

Monkeypox. Apesar do nome, a transmissão da doença considerada uma zoonose viral – quando o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais, que inicialmente ficou conhecida como “varíola dos macacos", não está associada aos primatas, segundo a Organização Mundial da Saúde e a Sociedade Brasileira de Primatologia. O alerta dos órgãos é também uma forma de chamar a atenção para que os animais não sejam prejudicados.   

Na maioria dos casos, a doença causada por vírus infectocontagioso, não traz consequências graves ao paciente. No entanto, a melhor forma de evitá-la é através da informação, e para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto, o Capital do Pantanal em parceria com a Unimed Campo Grande conversou com a infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Unimed CG, Dra. Haydée Marina do Valle Pereira. Confira! 

Como ocorre a transmissão?  

“A transmissão pode acontecer por vias respiratórias, por gotículas de saliva e fluidos corporais, mas também por contato indireto, quando tocamos superfícies ou objetos infectados, ou ainda por contato direto, através de abraços, aperto de mão com um indivíduo infetado, por exemplo”.  

Quais os sintomas?  

“A doença pode causar febre, adenomegalia, que é o aumento dos linfonodos (gânglios) na região cervical ou inguinais, dores musculares e de cabeça, além de lesões de pele em diferentes estágios. Primeiro aparecem máculas, que são as manchas, depois surgem as pápulas, que já são manchas mais elevadas e com textura. Posteriormente estas tornam-se vesículas, depois, pústula e, por fim, a crosta. Essas lesões surgem na face, membros superiores e inferiores, palma e planta dos pés e o tronco”.     

Identificados os sintomas, o que é preciso fazer?  

“Primeiro procurar assistência médica para que seja feito o diagnóstico diferencial. No hospital da Unimed Campo Grande temos um fluxo estabelecido, onde, inicialmente, o paciente é colocado em isolamento de contato, e seguimos todas as orientações do Ministério da Saúde”.  

Como funciona o tratamento?  

“No Brasil ainda não temos um tratamento para pacientes sintomáticos, mas o ele (paciente) é cuidado de modo a amenizar os sintomas da doença. Já na Europa, por exemplo, existe um antiviral que bloqueia a transmissão da doença para outras pessoas”.   

Qual a importância do isolamento para quem foi diagnosticado com monkeypox?  

“O isolamento é essencial para cortar a cadeia de transmissão da doença para outras pessoas. Importante destacar que enquanto não caírem todas as crostas, ou seja, todas as casquinhas das lesões, o paciente infectado precisa continuar isolado”.   

O que fazer para evitar o contágio?  

“Umas das orientações é usar a máscara de proteção, até porque ainda temos o coronavírus, e aqui no Brasil já têm casos autóctones, que são os pacientes infectados aqui mesmo. Manter distanciamento e a higienização constante das mãos também são formas de evitar o contágio”.   

Quando procurar atendimento médico?  

“Caso o indivíduo tenha viajado para países de maior incidência da doença, que tenha tido contato com pessoas que viajaram para estes locais ou com alguém diagnosticada com o monkeypox, é preciso agendar uma consulta com um médico para ser avaliado”.   

Dra. Haydée reforça que mesmo com o aumento de casos no Brasil, não é preciso ter pânico. “Apesar do aumento de casos não há motivo para pânico como o que vivemos com a Covid-19, pois monkeypox é uma doença de baixa transmissibilidade. No entanto é necessário manter os cuidados citados para evitar o contágio”, finaliza.  

Para conferir o vídeo com os esclarecimentos da especialista, basta clicar aqui.    

 

* Informações em parceria com a Unimed Campo Grande