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Buser quebra de madrugada e socorro chega oito horas depois

16 AGO 2021 • POR Sylma Lima • 15h27
Passageiros tiveram que amanhecer à beira da BR 262, em ônibus quebrado, aguardando o socorro. - Enviado ao Capital do Pantanal

Passageiro que preferiu não se identificar, relatou ao site Capital do Pantanal sua experiência traumatizante na viagem fretada em ônibus do aplicativo Buser, que saiu de Campo Grande com destino à Corumbá na noite de ontem, domingo (15). Segundo relato, o ônibus quebrou próximo ao povoado de Salobra, por volta das 2h30 da madrugada e os passageiros tiveram que esperar por horas na BR 262, sem qualquer assistência.  

Segundo o usuário, a previsão era que o socorro chegasse às 10 horas da manhã desta segunda-feira (16), ou seja, oito horas após o sinistro. Muito infeliz com a situação, o passageiro diz que se sentiu lesado e abandonado.  

A Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) ressalta que o maior risco é a segurança, tanto durante a viagem quanto no pós-viagem, em caso de qualquer imprevisto. Não sendo um transporte autorizado, o clandestino não se submete às normas do serviço público que é devidamente regulado, tem veículos vistoriados, documentação verificada e cumprimento dos direitos dos usuários.   

A apreensões de ônibus do aplicativo Buser já se tornaram comum na linha que liga as cidades de Corumbá e Ladário à Capital do Estado, isso porque a empresa tem apenas a autorização de operar na modalidade de fretamento, quando os interessados formam um grupo e assinam um contrato coletivo, sendo proibida a venda de bilhetes individuais e obrigatória a contratação da ida e da volta. 

Em 31 de julho, em ação integrada com o Detran/MS e Polícia Militar os fiscais apreenderam dois ônibus a serviço do aplicativo Buser que faziam as linhas Corumbá-Campo Grande e Ladário-Campo Grande. Sem registro ou autorização da Agepan para operar linha intermunicipal, sem certificado de vistoria ou autorização de viagem eventual, os ônibus são considerados clandestinos.