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Travessia clandestina de bolivianos põe em risco saúde pública de Corumbá

20 JUN 2020 • POR Gesiane Sousa • 15h16
Bolivianos postam fotos da travessia clandestina nas redes social, sem medo, nem pudor. - Reprodução Facebook

As estradas e trilhas clandestinas que ligam a Bolívia à cidade de Corumbá, não é novidade nem surpresa para quem mora na região de fronteira entre os dois países, muito menos para as autoridades que fiscalizam a divisa territorial. Segundo o Exército, empenhado em ações de combate a clandestinidade migratória desde o dia 20 de março, as operações na faixa de fronteira são constantes. 

A cidade boliviana, vizinha a Corumbá, Puerto Quijarro, apresenta altíssimo índice de contaminação. Vice-presidente do Conselho Municipal já pediu a decretação da calamidade sanitária da cidade, que deve ser aprovada em lei municipal, já nesta segunda (22). Porém enquanto isso, apesar da fronteira está fechada em ambos os lados, desde o mês de março, bolivianos continuam chegando à Corumbá por vias clandestinas sem dificuldades, pelas chamadas estradas "Cabriteiras".

Os bolivianos chegam à Corumbá pelos assentamentos do Taquaral, área rural da cidade, que faz ligação com Mutum, na Bolívia. As estradas de barro, muito utilizadas pelo tráfico de drogas e outros contrabandos, agora são rota dos bolivianos que se aventuram na travessia ilegal, sem temer por fiscalizações, e sem pensar na saúde coletiva, não apenas dos brasileiros, como do seu próprio povo. O site Capital do Pantanal recebeu denúncias e imagens de postagens feitas pelos atravessadores, com máxima tranquilidade, como se estivissem em um esporte de aventura.

Uma vala foi aberta em triha clandestina no final de março para impedir a travessia. Foto: Divulgação

No dia 24 de março, agentes da Força Nacional e da Polícia Federal, que na época integravam ações da Operação Hórus, em combate ao tráfico de drogas e outros ilícitos no Estado, identificaram trilha clandestina e cavaram uma vala com retroescavadeira para impedir a travessia de veículos. Até o momento, nenhuma outra ação foi divulgada. Há necessidade de fiscalização intensa e inteligente com continuidade.