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Equipe do Sesi de Dourados conquista 2º lugar no Desafio de Robótica da OC 2018

9 JUL 2018 • POR Kamilla Marques • 09h04
As competições foram entre robôs de Lego montados pelos próprios alunos - Daniel Pedra

Pela primeira vez disputando o Desafio de Robótica da Indústria, realizado durante na 10ª edição da Olimpíada do Conhecimento (OC 2018), em Brasília (DF), entre os dias 5 e 8 de julho, alunos da Escola do Sesi de Dourados ficaram em 2º lugar na competição. No domingo (08/07), os estudantes, que integram o time MegaMentes, disputaram as provas com 240 alunos da rede nacional de educação do Sesi, sendo 48 equipes do DF e de 23 Estados.

As competições foram entre robôs de Lego montados pelos próprios alunos, que realizaram missões estritamente relacionadas à realidade da indústria, incluindo simulações de tarefas que envolviam oito segmentos industriais: veículos automotores, celulose e papel, construção civil, frigorífico, máquinas e equipamentos, mineração, têxtil e panificação.

Para a analista de educação do Sesi, Glaucia Campos, os alunos da Escola do Sesi de Dourados conquistaram um novo olhar sobre o mercado de trabalho e novas tecnologias que o cercam. “Nossa participação foi de excelência, tanto na iniciação científica, quanto na robótica. Foi uma oportunidade par os alunos crescerem e conquistarem um novo olhar sobre a carreira, principalmente pelo fato de estarem disputando desafios inéditos para eles e ligados à indústria”, pontuou.

Avaliação

Técnico da MegaMentes, Wesley Sarati Coelho, que leciona na Escola do Sesi de Dourados, conta que os desafios eram apresentados no momento da prova e que os estudantes deveriam estar prontos para lidar com qualquer atividade proposta. “Essa participação da MegaMentes é algo muito importante, que vem nos dar cada vez mais experiência, conhecimento, oportunidade de compartilhar, conhecer equipes novas e despontar no cenário nacional, consolidando o trabalho do Sesi de Mato Grosso do Sul e mostrando que fazemos um trabalho de qualidade”, avaliou.

A equipe é formada pelos estudantes Igor Lourenzon (3ª série do Ensino Médio), Samara Galindo (1ª série do Ensino Médio), Giovane Luna (3ª série do Ensino Médio) e Kaio Otthon (2ª série do Ensino Médio). Para Giovane Luna, participar do Desafio de Robótica é uma experiência única. “Você adquire muito conhecimento, troca ideia com outras equipes e aprimorar aquilo que você sabe, ajudar outras equipes, e é isso que estamos fazendo aqui. A experiência é mesmo única e incrível”, comentou.

Para Samara Galindo, a interação com os demais competidores se destacou. “Estando aqui hoje pude perceber como o Sesi sempre tenta trazer o melhor para nós. Tudo que aprendemos lá estamos colocando em prova aqui e mesmo com desafio estamos recebendo apoio das outras equipes e conseguindo superar eles”, disse.

Inovação

“O Sesi e o Senai realizaram a Olimpíada do Conhecimento para mostrar à população que as novas tecnologias transformarão o mundo. A inovação é, e será cada vez mais, a base da geração de empregos e riqueza em todos os países. O Brasil pode ser protagonista dessa agenda, desde que as autoridades, os empresários e os demais integrantes da sociedade estejam atentos e dispostos a fazer as mudanças necessárias para o que país acompanhe a quarta revolução industrial", avaliou o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, sobre o evento. 

Ivan Boesing, consultor do Sesi e coordenador nacional da First Lego League (FLL) - organização responsável por promover torneios de robótica em vários países -, destaca que o objetivo do desafio foi reproduzir pequenas etapas de cada um dos principais processos industriais. Ele observou que o evento estreou uma tecnologia inédita, que é a mesa automatizada, com sensores que permitem o acompanhamento da pontuação de cada equipe em tempo real no painel eletrônico. “Simultaneamente, a cada desafio cumprido, a pontuação das etapas foi mostrada em tempo real e detalhando com desenhos os pontos referentes a cada missão, como da indústria têxtil, de panificação e de papel e celulose”, disse Boesing.

Na arena de missões, que era composta por três mesas, duas equipes se enfrentaram, cada uma usando inicialmente uma mesa lateral. O desafio consistia em duas etapas, totalizando quatro minutos. Na primeira, de dois minutos, os robôs eram guiados de forma autônoma. Na segunda fase, na mesa central, foram controlados pelos estudantes por meio de controle remoto, joystick ou smartphone com bluetooth.

Nas etapas, são simuladas situações reais da indústria. Na mineração, os robôs precisavam desobstruir dutos de petróleo e gás. Na panificação, a missão era automatizar o forno. No frigorífico, o robô precisava chegar no menor tempo possível para acionar o botão do freezer antes que os produtos sofressem aquecimento. Na construção civil, os estudantes precisavam empilhar três blocos pré-moldados para simular a construção de um prédio. Na mesa central, os robôs forneciam os componentes que seriam levados até a linha de produção veicular para a montagem de carros, no conceito da Indústria 4.0.