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Pacientes terão tratamento odontológico gratuito em gabinete próprio da Rede Feminina

5 NOV 2016 • POR Gesiane Medeiros • 08h44

Sonho plantado por uma dentista voluntária da Rede Feminina, Raquel, adubado por outros dois que se uniram a causa, Adriana e John, enfim toma forma de realidade com apoio financeiro obtido através de emenda parlamentar no valor de R$ 25 mil. Segundo Luciana Candia, presidente da Rede Feminina em Corumbá, o dinheiro cobrirá os custos para montar a estrutura do projeto "Sorrindo com a Rede", um gabinete básico para atender os pacientes assistidos pela casa sem maiores complicações e demoras frequentes na rede pública.

Luciana explica que Raquel procurou a casa para oferecer seu voluntariado, “ela realizava um trabalho desse em sua cidade, no Sul. A proposta é perfeita, porque um paciente oncológico tem necessidade de tratamento odontológico antes, durante e depois da quimioterapia e radioterapia”, a presidente da casa afirma que já aconteceu casos em que após meses aguardando pelo tratamento de radioterapia o paciente teve que retornar para a fila porque tem algum “furo” dentário, “a radio exige que os dentes do paciente estejam em bom estado, caso contrário, são meses jogados fora”, aponta Luciana.

Luciana Candia comemora a conquista. Foto: CDP

Os três dentistas realizaram uma triagem avaliativa em 45 pacientes, será elencada uma lista de prioridade para que o projeto inicie o ano de 2017 já em funcionamento, inicialmente em um gabinete cedido por parceiro, até que o valor da emenda seja liberado para que a Rede monte seu próprio local de atendimento. A emenda foi conquistada através do apoio do vereador Tadeu Vieira na câmara, onde foi liberada pelo deputado federal Dagoberto Nogueira, que viabilizou recurso de R$ 150 mil, divididos para que dois vereadores escolhessem instituições para serem contempladas. Tadeu vieira destinou a metade de sua responsabilidade para três instituições: Lar de Ismael, Equoterapia e Rede Feminina.

Pesquisamos o custo inicial para montar um gabinete básico, ficaria em R$ 8 mil, utilizando equipamentos seminovos, mas com o valor de R$ 25 mil obtido, poderemos melhorar as condições de atendimento”,  comemora Luciana. Segundo a assistente social Cláudia Maria Carvalho, a frente da organização do projeto, as necessidades mais comuns dos pacientes são as básicas, não possuem prótese dentária e falta obturação.

Hoje, a Rede Feminina de Corumbá atende em média 150 pacientes, 60 deles recebem cesta básica mensal, quase 25 cestas de frutas semanais, além de fisioterapia, assistência social, assistência jurídica e nutrição. Todos os profissionais trabalham de forma voluntária e integrada.