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IHP busca apoio no senado para que desastres como o do Rio Taquari não se repitam

11 AGO 2016 • POR Gesiane Medeiros com informações da assessoria do Senado Federal • 09h30
O assoreamento do Rio Taquari já é considerado irreversível. Foto: Reprodução Rios Vivos

 A preocupação com as nascentes do Pantanal, que colocam em risco todo o bioma da região, fez com que o diretor-presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), coronel Ângelo Rabelo, buscasse apoio no senado, em Brasília. Na ocasião o desastre do Rio Taquari foi relembrado.

Nesta quarta-feira (10), coronel Rabelo se reuniu com o senador Pedro Chaves, no Distrito Federal, para tratar de medidas de proteção ao Bioma Pantaneiro. “Pedimos a ele que mobilize as forças políticas no Congresso Nacional e no Ministério do Meio Ambiente, para engajarmos nesse grande desafio de proteger o Bioma Pantanal", declarou o diretor do IHP. 

IHP busca apoio em Brasília. Foto: Divulgação 

O senador Chaves obteve destaque por sua iniciativa durante Audiência Pública na Comissão do Meio Ambiente no Senado, Rabelo explicou que a expectativa do Instituto Homem Pantaneiro é de que dessa audiência saiam medidas de proteção ao Pantanal e ao homem pantaneiro, que vem sendo penalizado com suas propriedades inundadas. 

O exemplo do Rio Taquari ainda choca os defensores do Meio Ambiente, o caso é considerado irreversível e de altíssimo custo. A agonia do Taquari começou por volta de 1970, quando o assoreamento do rio, que nasce em Mato Grosso e corta o estado até o pantanal começou a a prejudicar a agricultura.

Asfixiado pela terra, o rio saiu do leito e se espalhou pelas propriedades rurais, inviabilizando a produção. Em Corumbá, por exemplo, estima-se que um milhão e meio de hectares estão debaixo d’água. O rio exige providências de recuperação que pode custar mais de R$ 100 milhões.

Há fazendas em Corumbá, que mesmo em época de seca ficam alagadas. Especialistas explicam que o processo foi acelerado nas últimas décadas, principalmente pela ocupação do solo pela pecuária. O que o rio demoraria de 100 a 500 anos pra fazer, aconteceu em poucas décadas. O gado, no processo de descer para beber água no fundo do vale, cria trilhas, o que canaliza a água da chuva, e assim começa um processo de erosão, até criar voçorocas, desestabilizar e atingir as nascentes.