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Quatro países debatem integração rodoviária por Corredor Bioceânico

28 JUL 2016 • POR Correio do Estado • 10h52
Rota Bioceânica integra Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. - Divulgação

Integração logística com mercados asiáticos será debatida, hoje, durante seminário sobre Corredor Bioceânico, em Campo Grande. Representantes do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile buscam reduzir tempo de trânsito de mercadorias e custo de transporte. 

Rota estruturada, no ano passado, pretende interligar Porto Murtinho até os portos do norte chileno de Antofagasta, Mejillones e Iquique. Esta passaria ainda pela cidade paraguaia de Carmelo Peralta, Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, além das argentinas Misión La Paz, Tartagal, Jujuy e Salta.

Proposta similar foi estruturada, há nove anos, com investimento aproximado de US$ 3,7 bilhões. Rodovias bolivianas chegaram a receber investimento do governo federal brasileiro, porém não estão mais incluídas no novo traçado. Seu objetivo era chegar aos portos chilenos via Corumbá.

Infraestrutura e experiências em corredores internacionais são temas de grupos de trabalho, hoje, que antecede ao seminário no Hotel DeVille. Participam embaixadores, secretários de Estado, analistas em logística, governança, serviços aduaneiros e pesquisadores universitários.

ESTRATÉGIA

Mato Grosso do Sul pretende, com a rota bioceânica, fortalecer o agronegócio com alternativa para escoamento da produção e importação direta de insumos. Já o Chile se consolidar como plataforma logística, a Argentina implantar infraestrutura de US$ 15 bilhões e o Paraguai integrar a região conhecida como “Chaco” com o restante do país.

Com a conexão rodoviária, de 1,8 mil quilômetros, os caminhões que partirem de Porto Murtinho devem levar cerca de três dias para acessar os portos chilenos e mercados asiáticos. Tal alternativa elimina média de catorze dias nas rotas marítimas via Canal do Panamá ou que contornam a América do Sul.