Com a atuação presente da Brigada Alto Pantanal e do Corpo de Bombeiros, aliada à adoção de novas tecnologias de monitoramento, a região da Serra do Amolar não teve nenhum grande incêndio neste ano.
Os poucos focos de fogo registrados no local foram controlados em pouco tempo, o que evitou que tomassem proporções maiores na região.
“Neste ano, ficou claro como a atuação presente e contínua da Brigada Alto Pantanal na Serra do Amolar traz resultados efetivos, principalmente para a conservação do meio ambiente. A tecnologia instalada na região, neste ano, otimizou o trabalho dos brigadistas e permitiu uma resposta ainda mais assertiva. O resultado da união de todos esses esforços pode ser visto agora. Passamos pelo período mais crítico para a incidência de incêndios no Pantanal com o registro de poucos focos de fogo no Amolar”, afirma o presidente do IHP, Coronel Ângelo Rabelo.
A Serra do Amolar é considerada uma das áreas mais preservadas do Pantanal e foi duramente atingida durante os incêndios de 2020, o maior já registrado na história do bioma. Estudos apontam que, naquele ano, mais de 17 milhões de animais morreram no Pantanal devido aos incêndios florestais.
A Brigada Alto Pantanal foi criada em 2020, como resposta aos incêndios florestais. Desde então, o trabalho é mantido com doações, tanto de empresas quanto de pessoas físicas. Além de atuar diretamente nos casos de incêndios, a brigada também faz um trabalho preventivo contínuo na Serra do Amolar, que incluem orientações às comunidades sobre o uso do fogo e a limpeza e abertura de novos aceiros.
“O trabalho preventivo é primordial para o combate às chamas. A tecnologia, por meio das câmeras de monitoramento instaladas neste ano na região, permite ver a localização exata dos focos de incêndio, mas é, através dos aceiros ou outros caminhos, que os brigadistas conseguem chegar até o local necessário. E todo este trabalho de monitoramento de rotas, abertura de aceiros, identificação de pontos de água é feito dentro do trabalho preventivo realizado pela Brigada Alto Pantanal, com o apoio de empresas como a Jeep, por exemplo, que nos cedeu três veículos”, explica Rabelo.
Em junho deste ano, entrou em operação o software Pantera®, que, com o auxílio de câmeras de monitoramento, detecta precocemente focos de incêndio. A detecção ocorre através de um algoritmo de inteligência artificial que, a partir do envio de imagens por câmeras de alta resolução instaladas no topo de torres de comunicação, identifica focos de incêndio de forma automática e notifica os operadores do sistema.
Cada câmera tem a capacidade de detectar focos de incêndio em questão de segundos, com identificação do local exato do foco, acelerando os protocolos de identificação e combate.
Há, ainda, a detecção back-up de pontos de calor por satélites, que podem complementar a proteção de áreas que sofram menor pressão humana, assim como índice de risco de incêndios, que juntos contemplam a solução completa Pantera®.
Outro reforço que a região ganhou foi a presença de bombeiros militares. A cada 12 dias, sobe uma equipe formada por oito integrantes do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul. Eles utilizam as instalações construídas pelo IHP na Serra do Amolar. A presença contínua dos bombeiros na região começou no mês de agosto e segue até novembro.
Focos de calor
Dados do Programa BD Queimadas, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), apontam que, neste ano, houve uma redução de 93% nos focos de calor no Pantanal, em comparação com 2020, ano mais crítico da história do bioma em relação a incêndios florestais.
Entre os dias 1° de janeiro e 29 de setembro deste ano, foram identificados 1.149 focos de calor no Pantanal.No mesmo período de 2020, o número chegou a 17.577. Já em 2021, foram 5.211 focos de calor no período.
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