Em resposta a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União), que mantém até 2049 a concessão da BR-163 nas mãos da CCR MS Via, o Setlog-MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do MS) manifestou nesta sexta-feira, 15 de novembro, que a administração da rodovia deveria ser objeto de nova licitação.
O sindicato também fez uma previsão que em 30 anos a BR-163 estará intransitável. Isso porque a duplicação da rodovia foi reduzida para 353 km na revisão contratual aprovada pelo TCU e ANTT (Agência Nacional de Transportes). O número é menos da metade prevista no primeiro contrato de concessão firmado em 2014 que previa a duplicação de 845,2 km da rodovia até 2019.
“A duplicação integral da via é uma necessidade como já foi demonstrado em estudos realizados. Há 30 anos, tínhamos uma produção no Estado que as rodovias atuais conseguiam comportar. Hoje, o fluxo aumentou e as rodovias já estão estranguladas com a produção atual. Daqui a 30 anos com aumento do tráfego que certamente virá e sem duplicação, a 163 ficará intransitável”, afirma Cláudio Cavol, presidente do Setlog/MS.
Outro ponto mencionado pelo sindicato é que na última década a rodovia não apresentou melhorias significativas, por isso, a administração da rodovia deveria ser objeto de nova licitação.
“Em 10 anos, pouca coisa mudou, temos condições de asfalto se deteriorando cada vez mais, acidentes fatais continuam, duplicação que é bom mesmo, nada, e o pedágio continua sendo cobrado e ainda vai aumentar, um absurdo. Quem perde é o usuário”, avalia o gerente do Setlog/MS, Dorival de Oliveira.
Em relação ao pedágio, ficou acordado que o valor vai sair de R$ 7,52 para R$ 15,13 a cada 100 km, nas pistas simples. O preço vai subir gradualmente, sendo que no primeiro ano será de R$ 10,6/km, no segundo R$ 12,60/km até atingir o valor cheio de R$ 15,13 (equivalente a 2,01 vezes o valor atual).
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