Os policiais civis de Mato Grosso do Sul realizam nesta quinta-feira, 19 de setembro, uma nova paralisação de 24h nos atendimentos das delegacias, iniciando às 8h e encerrando no mesmo horário de sexta-feira (20). A ação faz parte do movimento que pede aumento salarial para a categoria, organizado pelo Sinpol-MS.
O movimento, que teve início no final de agosto, tem o objetivo de pressionar o governo do estado a cumprir a valorização salarial da categoria e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. No inicio deste mês, dia 5 de setembro, os policiais realizaram a primeira paralisação de 24 horas, que teve adesão de todas as delegacias do estado.
De acordo com o sindicato, a paralisação não afeta os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito. O Sinpol garante que a segurança pública será mantida e os casos mais urgentes serão atendidos.
Negociação em andamento
Em assembleia geral, realizada no dia 21 de agosto, os policiais civis de MS decidiram por rejeitar a proposta do governo e seguir com o indicativo de greve.
Os policiais querem reajuste de 28% no subsídio, aumento do auxílio-alimentação para R$ 800, implementação do auxílio-saúde equivalente ao dos delegados, plantões voluntários remunerados e adicional de fronteira.
A proposta do governo é de incorporar auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, podendo chegar a cerca de R$ 1.200 conforme a posição do policial na carreira. Para a menor remuneração, haveria, ainda, abono de R$ 150, diante de descontos previstos na folha de pagamento. Essa iniciativa atenderia cerca de 3.200 pessoas, incluindo aposentados e pensionistas.
O secretário de administração do estado, Frederico Felini pontua que isso pode gerar aumento real de 8% e revela disposição do governo em atender demanda dos policiais. Ocorre que, além do aumento de 100% no auxílio, os servidores reivindicam também auxílio-saúde, a exemplo do que foi criado por lei recentemente para os delegados, e 18% de aumento salarial.
A segunda possibilidade apresentada pelo secretário, é encurtar a progressão na carreira dos policiais, excluindo a fase inicial, que tem a menor remuneração, hoje em R$ 5,7 mil, o que elevaria o piso dos agentes a R$ 6,3 mil, atendendo cerca de 300 a 400 pessoas.
O titular da Administração diz que nesse momento não há condições de fazer um escalonamento para elevação gradativa da remuneração, apontando que envolveria previsões orçamentárias.
A categoria diz que vai avaliar a proposta do governo estadual em assembleia e definir os rumos da mobilização.
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