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Pesquisadores da UFMS desenvolvem milk-shake de bocaiúva em pó

03 julho 2024 - 10h27Alíria Aristides

Com intuito de aliar praticidade, inovação, sabor e valorização de frutos nativos, a Agrotec – Bioeconomia no Agronegócio, unidade da UFMS ligada à Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), desenvolveu uma receita de milk-shake a partir da bocaiúva, que também se diferencia por ser em pó.

O milk-shake solúvel de bocaiúva foi criado em parceria com o Restaurante e Artesanato Pioneiro, localizado no município de Miranda (MS), e deve fazer parte da linha de produtos Pantanal in Box. O produto está em fase de teste final de estabilidade físico-química para a rotulagem e tem previsão para chegar ao mercado ainda este ano. 

A coordenadora do projeto também destaca a praticidade e a flexibilidade oferecida por um produto solúvel. “O milk-shake de bocaiúva, preparado com polpa, já é comercializado no restaurante da cliente. No entanto, no período de entressafra, não há possibilidade de atender pedidos de forma satisfatória. Daí a necessidade de se propor alternativas para se ter em estoque a matéria-prima para a confecção do shake. Ou seja, ter, em disponibilidade, produto que venha a atender demandas dos clientes, mas que possa ser armazenado ou estocado, não sob refrigeração ou congelamento (alto consumo de energia), mas sob temperatura ambiente”.

O projeto reúne uma equipe multidisciplinar formada por engenheiros agrônomo e de alimentos, farmacêutico e nutricionista, além de técnicos e bolsistas da graduação. Uma das pesquisadoras envolvidas no trabalho é a professora Juliana Rodrigues Donadon, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição.

Para a pesquisadora docente, outro diferencial do produto desenvolvido é a facilidade de preparo. “A nossa proposta é um produto que pode ser armazenado na temperatura ambiente e, no ato da preparação, é só adicionar água ou leite e o gelo. Os consumidores podem adquirir essa preparação em pó e transportar, levar em viagens. Além disso, é um produto que não leva a adição de açúcar, então o consumidor pode preparar na versão tradicional adicionando o pó, o leite e o açúcar ou em uma versão com redução do açúcar”.

Produto foi desenvolvido à pedido do Restaurante Pioneiro em Miranda. Foto: Arquivo/Cristina Moreira 

A bocaiúva é um fruto de sabor doce e peculiar, encontrado no Pantanal e Cerrado, e amplamente utilizado na culinária local. “A Bocaiúva já é um fruto que vem sendo utilizado no desenvolvimento de vários produtos alimentícios e que também tem chamado muito interesse da comunidade científica em função da sua composição físico-química. A utilização do fruto no novo produto contribui no fortalecimento da cadeia extrativista que já existe e, dessa forma, também na geração de trabalho. Isso traz também benefícios ambientais, como a manutenção dos biomas de origem e a proteção da espécie aqui no Estado”, explica a pesquisadora docente Juliana.

O Restaurante e Artesanato Pioneiro, que solicitou o projeto, explora e divulga a cultura e gastronomia pantaneira. A proprietária do empreendimento, Cristina Moreira, conta que o uso de frutos nativos é uma das formas encontradas para valorizar a região. “Nós utilizamos a bocaiúva já há muitos anos. Somos pioneiros e fazemos muitos produtos a partir dela. A gente já busca valorizar os frutos nativos e a bocaiúva é nossa alegria, eu digo que é nossa bolinha de ouro. Por isso, o nosso anseio de poder fazer com que o nosso milk-shake pudesse chegar para mais pessoas”. 

Agrotec-UFMS Embrapii

A Agrotec é uma Unidade Embrapii credenciada na área de Bioeconomia no Agronegócio, com atuação em tecnologia de alimentos, bioinsumos e tecnologias para a sustentabilidade do agronegócio. Com uma equipe multidisciplinar de pesquisadores, voltada à área da Bioeconomia, desenvolveu experiência em projetos de P&D com ênfase em tecnologias aplicadas a sistemas de produção, produção de alimentos funcionais e nutracêuticos e no desenvolvimento e formulação de bioinsumos, agregando valor às cadeias produtivas da bioeconomia. 

* Editado pelo Capital do Pantanal

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Vinculada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, a Agrotec possui um parque tecnológico de última geração e integração a setores e laboratórios da Unidade de Tecnologia de Alimentos, o Laboratório de Purificação de Proteínas e suas Funções Biológicas e a Fazenda Escola. O atendimento é voltado para empresas industriais e do agronegócio, bem como pequenas empresas que buscam soluções e inovações.

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