Em 10 meses, o Brasil teve três vezes mais focos de queimadas e perdeu o dobro de área para o fogo do que em 2023. Os municípios de Corumbá e São Félix do Xingu, no Pará, registraram as maiores faixas de terras queimadas entre janeiro e outubro deste ano, com 1,4 milhão e 795 hectares, respectivamente. O principal foco do fogo foi a vegetação nativa.
Conforme Monitor do Fogo, do MapBiomas, que monitora o uso do solo brasileiro por imagens de satélite, os incêndios devastaram 15 milhões de hectares a mais que o ano passado. Os biomas foram mais atingidos do que as áreas de pastagens, pela primeira vez desde 2019, quando começou a medição.
A Amazônia foi a maior vítima do ano, seguida do Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. A Amazônia e o Cerrado concentram 92% da área queimada de pastagens plantadas no Brasil desde 1985.
No Pantanal, a área queimada aumentou 1.017%. Foram 1,8 milhão de hectares – ou 1,6 milhão a mais que o mesmo período do ano passado. A destruição de um bioma resulta na morte de várias espécies de plantas e animais.
Em 2023 o Brasil possuía 164,5 milhões de hectares de pastagens plantadas, ou 19% do território nacional. Elas respondem por 59% da área destinada à agropecuária no país. Desde 1985, as pastagens aumentaram em 82%, com Amazônia (59 milhões de hectares) e Cerrado (51 milhões de hectares) concentrando a maior parte dessa expansão.
Receba as notícias no seu Whatsapp. Clique aqui para seguir o Canal do Capital do Pantanal.