Operação da Polícia Militar Ambiental (PMA) para coibir o desmatamento ilegal no Pantanal resultou na autuação de quatro assentados de Mato Grosso do Sul (MS). A ação de fiscalização foi realizada nesta sexta-feira, 06 de setembro, no município de Nioaque.
Durante a vistoria em assentamento da região, os policiais encontraram diversas irregularidades, incluindo o corte e beneficiamento de madeiras nativas como cumbaru, angico, carvão-branco e aroeira, sendo esta última encontrada em maior quantidade. A aroeira, já beneficiada em tábuas, palanques e esteios, é uma espécie considerada nobre, muito visada pela longa durabilidade e resistência às intempéries. Além disso, foi identificada uma área de vegetação nativa desmatada. Em nenhum dos casos foi apresentada licença ambiental expedida pelo órgão competente.
Em uma das propriedades foram apreendidas nove árvores, sendo cinco aroeiras já beneficiadas em firmes, postes e palanques. No segundo lote, foram encontradas 120 lascas de madeira e oito esteios. Em outro lote, havia 10 palanques e nove firmes, e, na última propriedade, foram apreendidas 100 lascas de madeira sem procedência, além de cinco hectares de área desmatada.
No total, quatro proprietários de lotes foram autuados, totalizando cerca de 12 metros cúbicos de madeira apreendidos, em sua maioria já utilizados para cercamento dos lotes e construção de mangueiros. Nesses casos, os autuados ficaram como fiéis depositários. Para cada um foi emitido um auto de infração administrativa, com multa de R$ 3.000,00. O quarto autuado, responsável também pelo desmatamento, recebeu uma multa adicional de R$ 1.500,00 pela área desmatada, totalizando R$ 13.500,00 em multas.
A operação marca o início de uma série de fiscalizações voltadas à proteção da flora de MS, com o objetivo de coibir práticas ilícitas de desmatamento. A PMA ressalta que a proteção da flora é essencial para a preservação de todo o ecossistema pantaneiro, abrangendo a manutenção da fauna, do clima e a preservação do solo, especialmente diante da severa seca e dos graves incêndios que o Pantanal enfrenta.
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