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MS vê venda de fábrica da Petrobras como esperança para novos negócios

21 setembro 2016 - 10h03Campo Grande News

A Petrobras oficializou ontem, que vai deixar a atividade de produção de fertilizantes nos próximos anos. O objetivo é vender ativos até 2018, porém a estatal não especifica o que fará com seus empreendimentos do setor, entre eles a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados em Três Lagoas.

O Plano Estratégico que vai vigorar entre 2017 e 2021 foi publicado ontem e reforçou a visão da empresa de que algumas áreas são menos prioritárias e, por isso, vai reforçar os esforços para buscar um parceiro e vender a UFN 3.

A decisão só confirma o que já não era novidade. Em julho, a diretoria da Petrobras afirmou ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) que irá concluir as obras da UFN 3 e que para isso, busca um parceiro. Há negociações com um grupo chinês interessado na obra.

Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, o desinteresse da estatal não é novidade, apenas reafirma que a empresa não pretende operar a fábrica mesmo depois de concluída.

"A Petrobras colocou para nós que vai terminar a obra, mas com capital de terceiro. A empresa tem um ativo de alto valor não terminado, agora precisa encontrar um parceiro e depois definir o que vai fazer", explica o secretário, ao detalhar que com o novo sócio deve decidir se entrega a obra ou se vira sócio.

Para ele, a decisão da estatal é salutar e deve trazer melhorias para o mercado a longo prazo. Mesmo assim, pretende se reunir com a diretoria da Petrobras no mês que vem para saber detalhes dos planos da empresa para a UFN 3. "Eles não especificam sobre a fábrica de MS e é isso que nós queremos saber".

O presidente da MSGÁS (Companhia de Gás Natural de MS), Rudel Trindade também vê a decisão da Petrobras como positiva para MS. A empresa tem um ramal pronto para atender a fábrica de fertilizantes e aguarda o início das operações para começar a fornecer gás natural.

"Se ela (Petrobras) colocar à venda a fábrica é um bom sinal, pois quem vai comprar vai trabalhar para concluir e operar a unidade. Isso para nós representa um valor absurdo em volume de gás consumido, aumento distribuição e recolhimento de imposto do Estado", destaca.

Sobre o gás, a estatal anunciou que a estratégia é adequar a participação da companhia, sem mais detalhes. Para Rudel, a Petrobras quer deixar de ser exclusiva no gás natural (transporte e distribuição), abrindo o mercado para outras empresas.

"Ela continua aqui como sócia da TBG, que transporta o gás, mas está procurando movimentar o mercado, para que outras empresas participem do processo",diz. Para MS isso é vantajoso já que terá alta competitividade no transporte de gás.

 

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