Nos últimos dias, municípios de Mato Grosso do Sul têm figurado entre os mais quentes e secos do Brasil. Na última segunda-feira, 06 de janeiro, cinco cidades do estado estavam entre as 10 mais secas do país, e duas entre as mais quentes. Já na terça-feira, 07, o número subiu para seis entre as mais secas e três entre as mais quentes. Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Os municípios mais secos foram Jardim e Porto Murtinho, com 13% de umidade relativa do ar. Eles aparecem em terceiro e quinto na tabela - que segue ordem alfabética - abaixo dos municípios de Floresta (PE) e Jaguaribe (CE), e Monteiro (PB) que também tiveram 13% de umidade.
Amambai e Ponta Porã tiveram umidade mínima de 14%; Ivinhema e Itaquirai de 17%.
Fora do "Top 10", mas também com umidades baixas, se destacam os municípios de Dourados (20% de umidade relativa do ar); Juti e Sete Quedas (21%); e Bataguassu e Água Clara (22%).
Além da baixa umidade, Porto Murtinho também registrou a temperatura mais alta do Brasil na terça-feira (7), de 40,1 ºC. Também aparecem entre as 10 cidades com maiores temperaturas os municípios de Água Clara (38,7%) e Amambai (37,9%).
Previsão do tempo
A previsão do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec) para esta quarta-feira, 08, indica altas temperaturas, que podem alcançar os 39ºC em algumas municípios, como Dourados, por exemplo.
Mesmo com o tempo quente, podem ocorrer chuvas em diferentes regiões do Estado, inclusive com possibilidade de tempestade acompanhada de raios de forma pontual em algumas cidades.
"Este cenário com predomínio de sol e variação de nebulosidade ocorre devido atuação de alta pressão atmosférica, que favorece o tempo mais quente", explica o Cemtec.
Confira as máximas e mínimas esperadas:
- Campo Grande: máxima de 34°C, com mínima de 23°C;
- Região do Pantanal, em Corumbá: a mínima fica em 26°C e a máxima de 33°C;
- Dourados: pode chegar a 39°C, com mínima de 21°C;
- Na região de fronteira, em Ponta Porã: máxima de 38°C, com mínima de 23°C.
Chuvas
Segundo o Cemtec, os maiores acumulados de chuva são previstos para as regiões centro-norte, pantaneira, nordeste e leste.
Há um alerta do Inmet para "Perigo Potencial" de "Chuvas Intensas", que abrange as regiões Centro Norte e Leste de Mato Grosso do Sul. Com destaque para 25 municípios: Água Clara; Alcinópolis; Aquidauana; Bandeirantes; Camapuã; Cassilândia; Chapadão do Sul; Corguinho; Corumbá; Costa Rica; Coxim; Figueirão; Inocência; Ladário; Miranda; Paraíso das Águas; Paranaíba; Pedro Gomes; Ribas do Rio Pardo; Rio Negro; Rio Verde de Mato Grosso; Rochedo; São Gabriel do Oeste; Sonora; e Três Lagoas.
O alerta é publicado quando há riscos de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. São esperadas chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos (40-60 km/h).
Orientações
Em caso de rajadas de vento:
- não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas
- não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda
- evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada.
Mais informações podem ser obtidas junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Prognóstico do verão (Jan-Fev-Mar)
O verão em Mato Grosso do Sul será de calor intenso, forte 'mormaço' e chuvas de rápida duração, as famosas "chuvas de verão".
A informação foi divulgada pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), em publicação de prognóstico da estação climática no estado. O verão começou oficialmente em 21 de dezembro e vai até 20 de março.
Ainda segundo o Cemtec, o forte calor deve superar as médias históricas para o período. Este cenário favorece a formação de ondas de calor, nos momentos em que não houver ocorrência de nuvens e chuvas.
As chuvas, contudo, deverão ter rápida duração e ocorrer de maneira irregular. Essa irregularidade pode agravar a recuperação das condições hídricas da região, o que acende um alerta para o setor agropecuário.
Conforme o Cemtec, mesmo que as chuvas se mantenham dentro da média histórica no próximos meses, isso não será suficiente para reverter o cenário de seca que afeta a região central do país, incluindo o estado de Mato Grosso do Sul. Nesse sentido, para os pesquisadores, o cenário é de incerteza.
Essa tendência incerta está diretamente relacionada ao fenômeno La Niña. O evento climático provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o que impacta na ocorrência irregular das chuvas e na imprevisibilidade do clima no estado. *Com colaboração de Lucas Caxito
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