Uma das onças-pintadas salvas dos incêndios no Pantanal morreu no Hospital Veterinário Ayty, que fica no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande. O macho de 8 anos, batizado de Antã – forte, em tupi-guarani – foi resgatado no dia 17 de agosto, na região do Passo do Lontra, no município de Miranda (MS). Com as patas queimadas e visivelmente debilitado, ele sequer reagiu à presença dos profissionais que fizeram a captura.
De acordo com comunicado do Governo de Mato Grosso do Sul, emitido na tarde de quinta-feira, 12 de setembro, o animal estava muito desnutrido e não resistiu às complicações que apresentou durante tratamento hospitalar.
“Antã chegou ao Cras com apenas 72 kg, significativamente abaixo dos 100 kg, que seria seu peso ideal. Complicações internas, agravadas pela idade avançada, estimada em 8 anos, impediram uma recuperação completa”, diz a nota, que completa: “a equipe do Imasul , em colaboração com especialistas da UFMS , fez todos os esforços possíveis para salvar Antã”.
Quando capturado, o felino estava com desidratação moderada (7%), dificuldade para respirar e queimaduras de 3º grau nas patas, além de duas pequenas lesões nos membros torácicos. As feridas foram tratadas com soro fisiológico e pomada cicatrizante.
Além disso, ultrassonografia revelou alterações na bexiga e fígado, enquanto exames de sangue identificaram Trypanossoma sp e Hepatozoon (parasitas do sangue), anemia e cistite (inflamação na bexiga).
Conforme o Imasul, as queimaduras das patas eram tratadas com ozonioterapia, laserterapia tópica, pomadas cicatrizantes e bandagens. Nesta quarta-feira, dia 11 de setembro, quando era preparado para o tratamento com ozônio, Antã teve uma parada cardíaca, foi levado para o centro cirúrgico, intubado e após três tentativas de reanimação, teve o óbito confirmado.
O corpo da onça foi encaminhado para necropsia e só o laudo mostrará a causa exata da morte.
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