O médico intensivista, diretor técnico da Santa Casa de Corumbá, Dr. Manoel João defendeu a profilaxia e tratamento precoce em combate ao vírus Covid-19, durante transmissão ao vivo por sua página no Facebook, na tarde deste domingo, dia 5 de julho , cujo alcance foi de 39 mil pessoas , gerando uma interação de mais 60 mil pessoas.
O médico que já adota o protocolo com uso de Hidroxicloroquina associado a Azitromicina e Ivermectina em seus pacientes, esclareceu por que defende o uso das drogas e em qual cenário elas são indicadas. Manoel João confirma que pacientes sem relatório de comorbidades, no estágio inicial da infecção, podem ser recuperados com mais eficiência utilizando o coquetel já incluído no protocolo de atendimento da Covid-19 em outros municípios do país, como o caso da cidade de Porto Feliz em São Paulo. Naquela cidade, a prefeitura não apenas liberou o uso das drogas para pacientes internados, como também para profissionais da saúde como estratégia preventiva. Os atuantes da linha de frente no enfrentamento ao vírus têm três vezes mais possibilidade de contrair a doença do que as pessoas que podem se manter em isolamento social. O médico Corumbaense também acompanha diariamente resultados bem sucedidos na universidade de Oxford, na Inglaterra, que usa no coquetel 6 mg diário de Dexametasona .
O uso dos medicamentos é discutido mundialmente e apresenta bons resultados alcançados inclusive em Corumbá, onde todos os pacientes que receberam o tratamento profilático em cenário adequado, se recuperaram e estão no convívio familiar. Manoel João defende o uso do protocolo antes que o vírus estabeleça a infecção em níveis elevados. “Estou viabilizando a implantação definitiva do protocolo na cidade através da prefeitura. Com o protocolo de profilaxia a curva vai diminuir”, afirma o médico reconhecido pela sociedade corumbaense como referência na região e exemplo de dedicação.

O médico explica que para infecções em níveis mais avançados, como o caso da técnica de Enfermagem Rosimere Ajala, falecida em 23 de junho, a profilaxia já não tem o mesmo efeito. Segundo Manoel João, Rosi iniciou tratamento quando já estava no nível três da doença, considerado processo inflamatório intenso. “Ela deu entrada na unidade, como paciente, no nono dia da doença”, ressalta Manoel João. O taxista que morreu ontem também foi um dos casos que chegou no nível três e com falência renal.
Na Live, o médico esclareceu que seu objetivo com a transmissão não é de incentivar pessoas a utilizarem os remédios por conta própria, “medicamentos devem ser administrados exclusivamente por prescrição médica”.
Manoel João relata que até o quinto dia de infecção, o paciente consegue identificar sintomas como falta de olfato e paladar, diarreia e dores no corpo, nessa fase o vírus está se inserindo no organismo e quando ele consegue iniciar o “assalto” às células do corpo, começa a surgir falta de ar e desconforto respiratório, “geralmente é nesse momento que o paciente procura o hospital. Se não tratar rápido, com protocolo de profilaxia a situação vai evoluir até a necessidade de ventilador mecânico”.

“Eu, enquanto médico experiente, acredito que o tratamento com Hidroxicloroquina deve ser usado na fase inicial da doença, é neste momento que temos a maior chance de recuperação. A exemplo do primeiro caso tratado na cidade. Eu e o Dr. Carvalho tínhamos recebido 200 comprimidos de Hidroxicloroquina, doados por uma farmácia do município. Nós já estávamos acompanhando os resultados mundiais do uso da droga em infectados, e o paciente que recebemos foi internado no CTI já com muita falta de ar, decidimos entrar com o uso da Hidroxicloroquina em dosagem usual, já administradas em protocolos internacionais. Ele se recuperou, assim como todos os outros que tiveram essa chance e aceitaram o uso do protocolo”. Manoel João explicou ainda que o resultado do exame laboratorial que confirmou a Covid-19 neste paciente, homem de 48 anos que recebeu alta hospitalar no dia 11 de Abril, só chegou seis dias depois da coleta e que em sua opinião pessoal, perder esse tempo seria um detalhe fatal nas possibilidades de recuperação. “Pacientes com cenário positivo para o uso do medicamento autorizaram o uso do protocolo e se recuperaram”.
O médico defendeu a opinião pessoal de que numa pandemia tão voraz como a da Covid-19, “não há tempo para pesquisa randomizada, a gente deve agir por meio de observação, percebo que o Brasil está dando mais ouvidos a youtubers e blogueiros do que a médicos e infectologistas renomados com anos de estudo de causa. Há exemplo de um médico Francês que utiliza Hidroxicloroquina há anos no tratamento de outras viroses com resultados positivos, porém o país prefere dar crédito a inexperiência de profissionais que condenam o uso da droga”.
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