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Máfia da Fronteira: filha e esposa de PM cobravam traficantes e até planejavam execuções

26 julho 2018 - 10h20O Jacaré

A 3ª Vara Federal de Campo Grande manteve a prisão preventiva de Roseleia Teixeira Piovezan Molina e Jéssica Piovezan Azevedo Molina, respectivamente, esposa e filha do subtenente da Polícia Militar, Silvio César Molina Azevedo. Conforme investigação da Polícia Federal, as mulheres tinham função ativa na organização criminosa, como cobrar dívidas de traficantes, controlar os créditos da família e até comandar execuções para vingar a morte de Jefferson Molina, filho do policial.

A existência de uma máfia para dar apoio ao PCC (Primeiro Comando da Capital), a facção que surgiu nos presídios paulistas, foi desvendada na Operação Laços de Família, deflagrada pela Polícia Federal no dia 25 de junho deste ano. O dinheiro do tráfico era lavado por meio de 10 empresas e com a utilização de 50 “laranjas”.

A defesa de Jéssica e Rose ingressou com o pedido de habeas corpus ou substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. A principal alegação é de que a investigação feita por três anos não individualizou a conduta das mulheres na organização criminosa. E acrescentou que o risco de fuga por residirem na fronteira não é fator para manter o confinamento.

O juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, titular da 3ª Vara Federal, indeferiu o pedido e manteve a prisão preventiva. No despacho, ele destaca que as mulheres possuíam papel de destaque na suposta organização criminosa.

Jéssica assumiu o controle dos créditos da família Molina com outros traficantes após o assassinato do irmão, Jefferson Henrique Piovezan Azevedo Molina, 25 anos, em junho do ano passado.

Em julho do ano passado, mãe e filha foram até o Rio Grande do Norte para receber dos traficantes identificados como Bebê, Vavá e Pacote. Na ocasião, teriam recebido como parte do pagamento um veículo Hyundai Tucson 2016. Aliás, a PF identificou vários veículos usados como pagamento, como Dodge RAM, Azera e BMW 320.

Quando marido Douglas Alves Rocha, o Bodinho, ficou preso de setembro a dezembro de 2015, Jéssica intermediava as tratativas com os outros criminosos.

Rose teria transportado Clodoaldo Lenzi em seu veículo Corola para pegar um caminhão com três toneladas de maconha, que acabou apreendido. Há mais de 12 anos, a mulher de Silvio atuou como batedora de carga de contrabando de cigarros.

Quando a polícia encontrou drogas no sítio de Renê Goulart, interceptação telefônica revela que Rose usa linguagem cifrada para falar da apreensão: “o corpo falou para mim que a essa dengue minha deu bosta”.

De acordo com o magistrado, o grupo estava se preparando para vingar o assassinato de Jefferson com a compra de armamento, contatando policiais e pistoleiros. Jéssica era a mais determinada em vingar o irmão.

Para o juiz, a manutenção da prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública e evitar um confronto armado entre as facções na região de fronteira.

Pesou ainda na decisão de mantê-las presas o fato de o grupo ter preparado planos de fuga para integrantes da organização criminosa, como Bodinho e Jefferson. Um dos acusados de crimes na região, Jair Rockembach, segundo o juiz, foi beneficiado pela fuga organizada pela quadrilha e desapareceu no Paraguai.

A família Molina também possui imóvel no Paraguai, que fica a 18 quilômetros de Mundo Novo.

O processo tramita em sigilo e a operação prendeu 15 pessoas em 25 de junho deste  ano.

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