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Indígenas de nove aldeias de Miranda vão passar por cirurgias de catarata

16 outubro 2024 - 09h28Leonardo Rocha, Comunicação do Governo de MS

Facilitar o acesso, levar dignidade e saúde ao cidadão. Este é o objetivo do programa “MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila”, que chegou em nove aldeias de Miranda. A iniciativa vai promover cirurgias de cataratas em 210 indígenas na próxima semana. Para concretizar esta ação, foram feitos exames e atendimento dentro das comunidades.

No final de setembro mais de 300 indígenas das nove aldeias passaram pela triagem, onde a equipe médica da SES (Secretaria Estadual de Saúde) conseguiu identificar quem precisava passar pela cirurgia de catarata. Para facilitar o acesso, toda esta ação ocorreu na aldeia Cachoeirinha. As cirurgias serão no hospital municipal de Miranda nos dias 21, 22 e 23 de outubro.

Nascido e criado na aldeia Passarinho, Severino de Almeida acordou de madrugada e saiu às 4h da manhã rumo a aldeia Cachoeirinha. Lá ele passou pela triagem, fez o exame e chegou ao diagnóstico que precisa de uma cirurgia (catarata).

“Fiz todos os exames necessários e agora é esperar a cirurgia. Com certeza vai melhorar a vida. O atendimento foi ótimo. Se Deus quiser vai melhorar minha saúde. Fiquei sabendo desta ação do Governo do Estado e agora serei um dos beneficiados”, detalhou Severino, no dia dos exames, em 23 de setembro.

Hugo de Almeida também comemorou a oportunidade. “Estava precisando muito da cirurgia, foi bom que eles vieram, porque se fosse pagar seria caro. Foram nos avisar sobre a ação e será uma grande oportunidade, vou enxergar melhor. O atendimento foi muito bom”.

Moradora da aldeia Moreira, Marta Madalena contou que os próprios profissionais de saúde de Miranda a avisaram da iniciativa e que será uma grande chance para enxergar melhor. “O pessoal da saúde nos avisou em casa, que teria este mutirão da saúde. Vim com esperança e fé em Deus. Muitas pessoas precisavam deste atendimento. Fiz o exame e agora só falta cirurgia”.

Fernando Jorge, da aldeia Passarinho, fez questão de elogiar a iniciativa do Governo do Estado, de levar os atendimentos e todos os exames para dentro da aldeia. “Quero parabenizar o idealizador deste projeto, principalmente estes funcionários que dedicam o seu tempo para fazer o atendimento. Porque muitos na nossa comunidade não têm condições de fazer este deslocamento”.

As cirurgias serão no hospital municipal de Miranda nos dias 21, 22 e 23 de outubro. Foto: Álvaro Rezende

Ele ponderou que as cirurgias vão melhorar a saúde de muita gente. “Este mutirão vir até a aldeia é um prêmio, muitas idosos já estão com problema na vista e precisam deste apoio. O pessoal foi atendido praticamente em casa”.

Firmo Nogueira espera ansioso sua cirurgia da catarata. "É uma ação muito boa para toda comunidade. Todos estão sendo bem atendidos, a comunidade precisa cada vez mais de ações para saúde. Moro na Aldeia Passarinho e sou da etnia terena". 

Nova fase

 A superintendente de gestão estratégica da SES e responsável pelo “MS Saúde”, Maria Angélica Benetasso, explicou que o programa está em uma segunda fase, que visa facilitar o acesso dos pacientes aos procedimentos e cirurgias eletivas que estão represadas.

“Agora viemos em uma modalidade diferente, onde a execução destes procedimentos estão cada vez mais próximo da cidade do paciente, levar (procedimento) cada vez mais próximo do cidadão”.

Neste contexto foi identificada a necessidade do mutirão nas comunidades indígenas de Miranda, com foco nas cirurgias de catarata. “Para facilitar o acesso, decidimos fazer esta ação de triagem, exames e atendimentos dentro da aldeia (Cachoeirinha), onde fomos recebidos muito bem. Foi importante porque são pacientes que têm dificuldades na locomoção. As cirurgias serão no hospital municipal”.

O programa MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila já realizou 24.105 cirurgias, sendo 15.447 oftalmológicas, 1.447 ortopédicas, 447 vasculares, 441 de vias aéreas, 5.274 gerais e 1.049 cirurgias de aparelho geniturinário. Ele tem como objetivo a redução de filas de cirurgias eletivas, que estavam represadas desde a época da pandemia e por outras situações. 

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