No último dia 9 de setembro, quando um incêndio foi registrado na fronteira entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, próximo à base de Paraíso, mostrou a importância da implantação das 12 bases avançadas instaladas em regiões estratégicas do Pantanal. De acordo com a equipe que trabalha no local, o fogo, oriundo do estado vizinho, ultrapassou o Rio Piquiri atingindo uma fazenda já no território sul-mato-grossense. Graças à proximidade da base e a ação rápida dos militares, o foco foi contido evitando um incêndio de grandes proporções.
e acordo com o subcomandante-geral e coordenador da Operação Pantanal, Coronel Adriano Noleto Rampazo, resultados como esse comprovam a eficiência das bases, consolidando um sistema de resposta mais ágil e eficaz frente aos desafios impostos pelos incêndios florestais.
“Principalmente na região do Pantanal, nós enfrentamos condições adversas durante o combate, como a dificuldade de acesso causada por terreno irregular, morrarias, obstáculos naturais e muitos outros empecilhos. Quando pensamos na instalação dessas bases, nosso intuito foi justamente o de garantir um acesso mais rápido aos focos para evitar que eles fiquem sem controle e causem maiores estragos, causando prejuízos à biodiversidade e às comunidades locais. Graças a essas bases instaladas em pontos estratégicos, hoje estamos conseguindo acessar os incêndios em um tempo bem menor do que nos anos anteriores. Isso garante também menor desgaste aos militares, que precisam se deslocar por distâncias menores, além de facilitar o transporte de equipamentos e toda a estrutura demandada”, explicou o comandante.
As novas bases estão estrategicamente posicionadas para cobrir as áreas mais críticas do Pantanal, melhorando a logística durante as operações. Elas foram nominadas de Jatobazinho, Amolar, Redário, Santa Mônica, Paraíso, São José do Piquiri, Cristal, São Sebastião Grande, Dois de Maio, Lourdes, Nhumirim e Forte Coimbra.
Todas as bases são equipadas com maquinários e outros acessórios utilizados no combate aos incêndios, além de tecnologia que permite o acesso à internet, o que permite a comunicação dos militares com a Sala de Situação do Sistema de Comando de Incidentes (SCI), instalado em Campo Grande e em Corumbá. Graças a essa estrutura, diariamente as bases encaminham ao comando da Operação um relatório das ações do dia e da situação de cada foco.
Além do combate direto aos incêndios, as bases também desempenham um papel fundamental em atividades de prevenção e monitoramento. As equipes realizam vistorias regulares nas áreas afetadas com objetivo de identificar possíveis novos focos de incêndio antes que se alastrem e promovem campanhas de conscientização entre as comunidades ribeirinhas e fazendas.
A expectativa é que a permanência dessas bases durante todo o ano reduza significativamente os danos causados pelos incêndios florestais. *Com informações do CBMMS.
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