A tradicional festa de Iemanjá na prainha do Porto Geral de Corumbá (MS) acontece na noite desta segunda-feira, 30 de dezembro. Porém, ao longo de todo o dia, devotos e simpatizantes, vão até o rio Paraguai para entregar oferendas em agradecimento à rainha das águas.
Religiosos de matrizes africanas mantém a tradição secular viva na cidade Pantaneira, onde há uma grande concentração de centros espíritas do Candomblé e Umbanda. Eles se reúnem em grupos e lavam seus atabaques para a beira do rio, onde entoam pontos e cantigas pedindo por bênçãos e agradecendo as graças alcançadas em 2024.
O costume religioso, que atrai centenas de devotos de Corumbá (MS) e Ladário (MS), também traz pessoas de outras regiões de Mato Grosso do Sul (MS). Neste ano, 42 campo-grandenses vieram juntos para participar da louvação à Iemanjá.
Integrantes da tenda de Umbanda de Campo Grande, os religiosos falam da orixá com emoção e devoção. "Ela acolhe nossos pedidos e nossos clamores, toda oferta é válida, por isso enfrentamos essa viagem e viemos louvá-la em seu lugar de origem, em meio a água”, diz Paulo César da Silva, da tenda de umbanda Ogum Itaquiara, da Capital. O Paulo César é filho de santo da saudosa mãe Elza, umas das mais conhecidas e respeitadas mães de santo de Corumbá, falecida em 2014.
Falta de estrutura
Diferente dos outros anos, nesse final de 2024, a louvação à Iemanjá, na Prainha do Porto Geral, não conta com a belíssima imagem da Orixá, que sempre é colocada na área. Devotos locais e visitantes terão que fazer suas oferendas e louvação sem a estrutura que todos os anos era montada.
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