Em uma decisão emergencial, o governo autorizou a ampliação dos aceiros no Pantanal, permitindo a abertura de até 30 metros para conter os incêndios que se alastram pela região. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira, 27 de junho, durante o evento de lançamento da nova plataforma de divulgação de dados sobre incêndios florestais no Pantanal, realizado na sala do Cicoe (Centro Integrado de Comando e Controle Estadual).
Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, explicou que a decisão partiu do Corpo de Bombeiros, sendo uma medida importante para o combate ao fogo. "Ontem o Cicoe tomou a decisão de ampliar a possibilidade dos aceiros do Pantanal, até então a legislação estabelecia que o produtor rural poderia fazer no máximo 6 metros de aceiro e ontem nós publicamos uma ampliação", disse.
O secretário detalhou a importância dos aceiros no combate aos incêndios que se alastram pelo bioma. Com a medida os proprietário de fazendas e demais agentes de combate ao fogo poderá abrir faixas ao longo de divisas, cercas e áreas de vegetação nativa com até 30 metros.
"Você tem as propriedades rurais ou estrada com pasto e capim em qualquer dos dois lados. Então você tem muita dificuldade de reter o fogo ali. Já era autorizado fazer aceiro de 6 metros. O produtor rural pegava a sua máquina com uma esteira e abria 6 metros na beira da sua cerca para exatamente evitar que o fogo chegasse. Isso sempre estava permitido. O que o bombeiro constatou agora é que esse aceiro de 6 metros, dadas as condições climáticas, ele é muito pequeno. Só que se alguém fizesse 7, seria autuado, porque não pode. Então ontem nós liberamos esse aceiro até 30 metros, para esse período", frisou.
A medida terá validade por 180 dias, com objetivo de conter os incêndios até novembro deste ano. "Depois desse período precisa voltar ao que está na legislação, que são 6 metros. Porque ele é utilizado normalmente para limpeza, para passar com carro e não para fogo", acrescentou Verruck.
Medida foi proposta pelos Bombeiros e terá validade de 180 dias. Foto: Henrique Kawaminami/CG NewsA situação enfrentada no Pantanal é considerada rara e sem precedentes devido às condições climáticas atípicas enfrentadas em Mato Grosso do Sul, que anteciparam o período de queimadas em 2024.
"Nós estamos numa situação climática severa, o Inpe até destaca ela como rara. Ela tem um processo que aconteceu praticamente só em 1941. Então é classificada como rara porque é mais severa do que 2020. Todas as condições presentes no Pantanal, como nível de biomassa para queima, são maiores do que 2020, a seca é mais prolongada que 2020 e o volume de chuva está abaixo da média histórica dos últimos 10 anos. Então todas as condições para a possibilidade de um incêndio florestal são extremamente adversas", concluiu o secretário. Com informações do CG News.
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Anúncio foi feito perlo secretário Jaime Verruck durante evento de lançamento da nova plataforma de divulgação dos incêndios do Pantanal. (Foto: Henrique Kawaminami/CG News)


