Os incêndios em combate na região do Pantanal de Corumbá continuam afetando a qualidade do ar na cidade. A presença de fumaça densa na área urbana do município tem se tornado rotina diária. O ar fica pesado e as consequências prejudicais para a saúde são grandes. Problemas respiratórios, dor na cabeça e mal estar são alguns exemplos comuns do impacto da fumaça gerada pelo fogo na vida dos corumbaenses.
A recomendação médica é que as pessoas evitem ficar exposta por muito tempo à fumaça, que suspendam as atividades físicas ao ar livre, que bebam bastante água, mantenham janelas e portas fechadas e o ambiente umidificado. Pessoas com alergias e dificuldades respiratórias são as que mais sofrem nesse período.
De acordo com o Relatório Diário da Operação Pantanal 2024, de enfrentamento aos incêndios florestais no estado de Mato Grosso do Sul (MS), ao menos 10 regiões enfrentam queimadas. Em Corumbá, há combate ao fogo no Paiaguás, Paraguai Mirim, Porto Índio e Nabileque. Na Estrada Parque, onde chamas já foram extintas, equipes seguem com monitoramento para impedir o surgimento de novos focos.
Mesmo estando presente em regiões afastadas do centro urbano, o vento espalha a fumaça gerada pelo fogo e traz fuligem para as ruas da cidade.
Além de Corumbá, há queimadas ativas em Miranda, Aquidauana, Costa Rica, São Gabriel do Oeste e Porto Murtinho. Regiões de Aparecida do Taboado, Água Clara e Chapadão do Sul estão sob monitoramento.
Condições climáticas
Com uma temporada do fogo bastante atípica, iniciando mais cedo que o comum e sem dar sinais de estar atingindo o fim, as condições climáticas enfrentadas por MS continuam potencializando o risco de incêndios florestais. A previsão para os próximos dias continua sendo de estiagem, baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas. As temperaturas estão em condições extremas, marcando uma máxima de 41°C ao norte do estado. O vento está na direção norte, com rajadas de até 33 km/h. A umidade relativa do ar se mantém registrando 10% na maior parte do MS.
Dia do Cerrado
Ontem, 11 de setembro, foi celebrado o Dia do Cerrado, bioma que também tem sido fortemente impactado nesta temporada do fogo. De acordo com dados do LASA - Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), entre 1º de janeiro e 10 de setembro deste ano, o fogo já devastou mais de 11 milhões de hectares somente no Cerrado.
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