Com o dólar cotado a mais de R$ 5,00 a Fronteira Oeste Brasileira, divisa com a parte mais pobre da Bolivia sofre as consequências econômicas das drásticas medidas adotadas para contenção do Covd 19.
Ninguem entra ou sai do pais vizinho, e quem for pego na rua vai preso e ainda leva uma ‘sova’ de cassetetes. No maior supermercado de Porto Suarez, Tocale, é exigido que lavem as mão, entrem aos poucos, e ainda é aferido a temperatura do cliente. Na aporta do estabelecimento também há militares armados, os mesmos que percorrem toda esta faixa de fronteira. Bolivianos temem a pandemia pois , não há hospital ou equipamento para salvar vidas em menos de 750 km, que é a cidade de Santa Cruz de La Sierra.
Eles tem medo porque sabem que entre dois pacientes, o hospital de Corumbá vai optar pelo brasileiro , em uma ultima hipótese. Por isso autoridades bolivianas estão endurecendo o ‘cerco’ a favor do isolamento social. As lojas estão todas fechadas.
A cidade esta completamente deserta. Em Santa Cruz, segundo jornal El Deber, morreram duas pessoas, mas que vieram contaminadas da Europa. Em Carmem Rivera, o prefeito Assis Agulera e família estão fabricando cerca de dois mil pães diariamente para socorrer as famílias mais carentes. Outras medidas sociais também estão sendo organizadas para ajudar os vulneráveis da fronteira.