A Receita Federal, em apoio à operação da Polícia Federal, Ultima Ratio, busca indícios de lavagem de dinheiro e ocultação na investigação que apura corrupção e venda de sentenças dentro do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Os escritórios beneficiados ganhavam causas envolvendo propriedades rurais milionárias.
O delegado da Receita Federal em Campo Grande, Zumilson Custódio da Silva, adiantou apenas que as equipes estão investigando em conjunto, em cruzamento de dados com a PF, para saber onde foi o dinheiro do esquema de corrupção.
Há indícios de envolvimento de advogados e filhos de autoridades. Foram identificadas, por exemplo, situações em que o magistrado responsável pela decisão já havia sido sócio do advogado da parte interessada.
A operação cumpre 44 mandados de prisão em Campo Grande (MS), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Cuiabá (MT), com participação de 200 agentes da PF.
Os desembargadores da ativa, investigados na operação, fora afastados das funções, conforme determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça): Marcos José de Brito Rodrigues; Vladimir Abreu; Sérgio Fernandes Martins; Sideni Soncini Pimentel; e Alexandre Aguiar Bastos.
A investigação é desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em junho de 2021 e que foi iniciada para apurar esquema de superfaturamento de contratos no TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul).
A operação esteve, ainda, no escritório de advocacia Pimentel & Mochi, cujo sócio é Rodrigo Pimentel, filho de Sideni Soncini Pimentel.
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