Neste 21 de setembro, dia da árvore, último dia do inverno de 2020, Corumbá celebra seus 242 anos de fundação. Devido a pandemia do novo Coronavírus, a prefeitura municipal definiu uma programação reduzida, sem o tradicional desfile cívico e com ênfase nas redes sociais. Logo cedo, um ato cívico na Praça da Independência, marca a data histórica com hasteamento da bandeira e homenagem as vítimas da Covid e aos profissionais da saúde. O evento será fechado apenas as autoridades municipais, sem presença de público para evitar aglomeração.
Durante todo o dia serão publicadas nas mídias sociais uma série de vídeos ilustrativos sobre a vida e o cotidiano na Capital do Pantanal. A programação inclui vídeos sobre a história da cidade, natureza, culinária da região, música, turismo e artesanato. Mais tarde, às 18 horas, no monumento Cristo Rei do Pantanal, acontece uma celebração ecumênica em tributo as vítimas da Covid-19 e em homenagem aos profissionais da saúde, aos bombeiros, brigadistas e militares que atuam no combate às queimadas no Pantanal. Neste evento, que também será fechado, sem presença de público, estarão representantes da Igreja Católica, Protestante, Umbanda, Islâmica e Espírita.
Confira a programação oficial:
08h – Alvorada Solene – sinos de todas as igrejas de Corumbá tocarão por cinco minutos
08h05min – Momento Cívico
- Hasteamento do Pavilhão Nacional e de Corumbá – Jardim da Independência.
- Será feita uma homenagem às vítimas do COVID-19, por meio da oferta de um Medalhão de Flores na estátua do Herói da Guerra.
- Homenagem aos Profissionais da Saúde, Bombeiros, Brigadistas e militares. Obs: Jardim fechado para o público.
Rádio e TV 242 anos de História e Cultura:
Visando seguir os protocolos de biossegurança contra o COVID-19, ao longo do dia do aniversário de Corumbá, será publicada nas mídias sociais uma série de vídeos ilustrativos sobre a vida e o cotidiano na Capital do Pantanal.
- 08h30 - Corumbá: uma História de Epopeia no Coração da América do Sul.
- 8h45 - Corumbá: um Território Gigante por Natureza.
- 09h – Corumbá: um Celeiro de Possibilidades.
- 10h – Corumbá de Cores e Sabores:
Além das belezas naturais, história e cultura, Corumbá possui uma culinária riquíssima que encanta pelo cheiro e sabor. Nesse chefes irão ensinar como fazer:
- Corumbaiano - Vatapá de carne de jacaré- Restaurante Rodeio;
- Coxinha de jacaré – restaurante Miguéis;
- Peixes a Urucum - Dolce Café;
- Macarrão de Comitiva – Chef Carlos Espindola;
- Paçoca de carne Seca – Vale do Sol – Lídia Leite.
12h – Almoçando com musicas e poesias.
14h – Conhecendo nosso artesanato.
14h30 – Homenagem dos Fusqueiros à Corumbá.
15h – Corumbá Turística e Histórica – a que fazer em Corumbá no fim de semana?
18h – Celebração Ecumênica - Cristo Rei do Pantanal:
- Celebrar os 242 anos de nossa cidade;
- Tributo às vitimas do COVID – 19;
- Tributo aos profissionais da saúde;
- Homenagem aos Brigadistas, bombeiros e militares que estão no enfrentamento aos incêndios no Pantanal;
- Oração pela cura da humanidade;
- Show de luzes
Representações religiosas presentes na celebração:
- Igreja Católica – Bispo.
- Protestante – Pastor.
- Umbandista – Pai de Santo.
- Islâmico – Xeique.
- Espirita – Representante da União Espirita.
Sobre Corumbá
Com o nome de origem tupi-guarani – Curupah, que significa “lugar distante” – e depois de ter outras denominações ao longo de sua história, Corumbá é conhecida como cidade branca, devido à cor clara de seu solo, rico em calcário. A ocupação da região teve início no século XVI quando, com a expectativa de encontrar ouro, a área do atual município foi explorada pelos portugueses, que começaram a chegar em 1524.
Fundado em 1778 para impedir os avanços dos espanhóis pela fronteira brasileira em busca do mineral precioso, o Arraial de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque – primeira denominação do vilarejo – transformou-se no principal entreposto comercial da região. Quando a passagem de barcos brasileiros e paraguaios pelo Rio Paraguai foi liberada, e devido à importância comercial que passou a ter, a localidade foi elevada a distrito em 1838 e, em 1850, a município.
Durante a Guerra do Paraguai (1864 a 1870), a freguesia de Santa Cruz de Corumbá – nome que recebeu na emancipação – foi palco de uma das principais batalhas do conflito, sendo ocupada e destruída por tropas de Solano Lopez em 1865. A partir de 1870, ao ser retomada pelo tenente-coronel Antônio Maria Coelho, a cidade começou a ser reconstruída. Na mesma época, imigrantes europeus e de outros países sul-americanos chegaram, impulsionando o desenvolvimento local. Como resultado, Corumbá foi o terceiro maior porto da América Latina até 1930.
Até a década de 1950, os rios Paraguai, Paraná e Prata eram os únicos meios de integração da região. Por isso, a cidade vivia sob a influência dos países da Bacia do Prata, dos quais herdou grande parte dos seus costumes, hábitos e linguagem. Isso ocorreu naturalmente devido à sua localização fronteiriça e ao isolamento físico que sofria na época.
A chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil no início do século XX, porém, deslocou o eixo comercial do sul do Estado – então Mato Grosso – para Campo Grande. Os grandes comerciantes locais mudaram-se para outras cidades e Corumbá passou a priorizar comercialmente a exploração mineral e as atividades rurais, como a agropecuária.
A cidade iniciou atividades industriais na década de 1940, com a exploração das reservas de calcário – excelente para a indústria do cimento – e de outros minérios. No fim dos anos 1970, o turismo passou a ser explorado, revelando nova infraestrutura e viabilizando a restauração das construções históricas. Com o Pantanal ocupando 60% de seu território, Corumbá passou a ser chamada de capital do pantanal, constituindo-se o principal portal para o santuário ecológico.