
Primeiro ela foi cotada disputar uma cadeira na Assembléia legislativa, e estava com a campanha em pleno vapor, quando lhe ‘sugeriram’ que lançasse o nome a deputada federal. Tarefa espinhosa para quem tinha nas mãos a sina de uma ‘façanha’ que não se repete desde a época de Elíseo Curvo e Manoel Vitório, sendo que este ultimo, só ocupou a cadeira porque o colega petista Bem Hur Ferreira assumiu uma secretaria no governo Zeca do PT. Apesar de ter mais de 80 mil eleitores entre Corumbá e Ladário esse é um desafio que ninguém consegue vencer. Na prática, os próprios lideres políticos locais apoiam candidatos de fora em troca de favorecimentos pessoais.
Mas, Bia Cavassa atravessava o pior momento de sua vida. Recém tinha perdido o marido, Ruiter Cunha, até então prefeito da cidade, e amargava o luto acompanhada dos filhos , ainda perdidos na dor e angústia provocada por uma morte tão precoce e desavisada. Afinal, ‘para morrer basta estar vivo’. E do choque, ainda não refeito, a campanha veio como um bálsamo para aplacar a solidão e o desespero de recomeçar a vida sozinha.

Ela acabou aceitando este desafio, pois não tinha o que fazer, “remediado estava” . Entretanto, o apoio que esperava não veio. Travestido de simpatia e acordos mirabolantes a traição se desnudou num cenário confuso e sombrio. Apesar de todos os conflitos ela foi para rua. Subiu e desceu morro, e olha que já não é mais uma menininha. Foi abraçada, acolhida pela população corumbaense que lhe deu quase 19 mil votos. Foi à candidata mais votada da cidade, mas não se elegeu por muito pouco. Por exemplo: A atual deputada Mara Caseiro não figura entre os eleitos, mas ainda pode ocupar uma das 24 cadeiras, já que com seus 23,813 votos, 1,86% do total, ela ocupa a posição de primeira suplente na chapa composta por PSDB, PROS e DEM.
Dione Hashioka, ex-deputada estadual alcançou 21,745 votos, 1,70% do total, e ocupa a posição de segunda suplente da mesma chapa e também pode eventualmente compor o parlamento estadual. Bia Cavassa podia ser a primeira suplente se conseguisse mais uns sete mil votos , e se as pessoas que lhe prometeram ajuda tivessem mantido a palavra.
De qualquer forma , que esta votação expressiva, sirva de lição para quem a ‘jogou na fogueira’, pois o deputado estadual eleito por Corumbá conseguiu uma vaga graças ao coeficiente eleitoral, ao ser puxado pelo Capitão Contar (mais de 74 mil votos), e do Coronel Davi (46 mil votos) ambos apoiados pelo candidato a presidência da república Jair Bolsonaro.
O que eles chamam de nova ‘liderança’ eu chamo de ‘sorte’. Líder , na lógica, ainda é aquele que possui o maior número de seguidores.

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