Rio Negro, Figueirão e Corguinho são os três municípios mais pobres de Mato Grosso do Sul. Com os menores PIB (Produto Interno Bruto), eles têm em comum número de professores maior que o de médicos na rede municipal, além de um pequeno efetivo na segurança sem poder de polícia, que se limita a cuidar de alguns prédios públicos.
No pé da lista, Rio Negro tem 4.933 habitantes e elegeu Henrique Ezoe (PSDB) como prefeito. Tem quatro médicos e 30 professores ligados ao município – os números mais baixos entre o trio de cidades, embora seja a mais populosa. Há 14 guardas patrimoniais e um vigilante contratado.
Na sequência vem Figueirão, com população de 3.709 e o prefeito Juvenal Consolaro (PSDB) reeleito. Tem 14 médicos, 46 professores e nenhum funcionário na segurança contratado diretamente ou concursado.
Já Corguinho tem 4.893 habitantes e elegeu Márcio Novaes Pereira, conhecido como Barrinha (MDB). Tem também 14 médicos e 46 professores. São 10 os funcionários trabalhando como vigias.
Os dados sobre PIB são do ranking do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referentes a 2021. O órgão anunciou que vai divulgar dados mais recentes este ano.
O número de funcionários da segurança foi consultado nos Portais da Transparência das prefeituras. O de médicos foi obtido no CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) e o de professores no Censo Escolar 2023. Dados mais recentes da educação devem ser divulgados até 31 de janeiro.
Dependência
Representantes de Rio Negro e de Figueirão admitem que dependem de políticas do Estado e da União para dar complemento ao que falta na saúde, educação e segurança.
Secretário municipal de Administração de Rio Negro, Jucelino Messias avalia que as maiores carências estão na parte rural. Na saúde, ao menos um médico do Programa Mais Médicos, do Governo Federal, passou a ir três vezes por semana atender os moradores dessa região.
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