Cesta básica sobe 6,21% na Capital e tomate é o maior vilão
17 fevereiro 2016 - 11h32Gilmar Lisboa
O valor da cesta básica subiu 6,21% no mês de janeiro, em Campo Grande, passando de R$ 388,47, registrados em dezembro de 2015, para R$ 412,61 agora. Nessa majoração da cesta o tomate teve papel essencial. O preço do produto aumentou 46,83%. Os números fazem parte de pesquisa divulgada nesta terça-feira (16) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Segundo o Dieese, o tomate foi o produto que contabilizou a maior alta na Capital em janeiro, entre os itens que compõem a cesta básica. A grande alta do tomate se deve às fortes chuvas registradas nas regiões produtoras, que acabaram comprometendo a safra, o que reduziu a oferta e provocou o incremento de preço.
Depois do tomate, segundo o levantamento, aparecem como indutores do salto da cesta básica a batata, com 23,22%, o feijão com 17,10%, o açúcar, com 10,29% e o óleo, com 7,24%.
Dos 13 produtos que fazem parte da cesta, nove registraram alta no mês passado, segundo a pesquisa do Dieese. Apenas quatro contabilizaram retrações de preço. A banana caiu 5,83%, o pão francês 5,74%, o leite 1,38% e o arroz 1,18%.
Com o valor apurado pelo Dieese, Campo Grande terminou janeiro tendo a 9ª cesta básica mais cara entre as 27 capitais do país.
No mês o consumidor gastou R$ 24,14 a mais para comprar a mesma quantidade de produtos que adquiriu em dezembro, devido à elevação de preço dos produtos.
O departamento apontou ainda que para adquirir a cesta básica individual, o trabalhador que recebe um salário mínimo, de R$ 880, comprometeu 50,96% de sua remuneração líquida (R$ 809,60 ao descontar os 8% da Previdência Social), o que foi equivalente a 103 horas e 9 minutos de trabalho.
Já o custo da cesta básica familiar, com uma quantidade de produtos para atender quatro pessoas (dois adultos e duas crianças), seria de R$ 1.237,83, um valor R$ 72,42 maior que o de dezembro.
O Dieese também calculou que o valor que o salário mínimo deveria ter para atender uma família com quatro pessoas deveria ser de R$ 3.795,24, ou 4,31 vezes o valor atual.