As carnes bovina, suína, de frango e peixes são os alimentos mais apreendidos durante as fiscalizações do Procon-MS em açougues e supermercados de Mato Grosso do Sul. As infrações mais comuns incluem o armazenamento irregular das carnes e a ausência de boas práticas sanitárias nos locais de venda, como na área de exposição e nos próprios freezers.
De janeiro a setembro deste ano, o Procon-MS fiscalizou 126 açougues e supermercados no Estado. Dessas fiscalizações, 98 ocorreram em Campo Grande e 28 em cidades do interior, como Corumbá, Naviraí, Maracaju e Ponta Porã.
O Procon-MS alerta que as proteínas animais são os principais itens descartados devido à má conservação e à falta de boas práticas sanitárias. Um exemplo dessa falta de boas práticas é a desorganização e a falta de limpeza nos ambientes de manipulação de carnes, que podem apresentar a presença de insetos e o armazenamento conjunto de carnes destinadas ao descarte e à venda.
O órgão também destaca que, em muitos estabelecimentos, as carnes foram encontradas sem o registro da Vigilância Sanitária ou do SIM (Serviço de Inspeção Municipal), documentos essenciais para garantir a segurança dos produtos. Em outros casos, os itens estavam armazenados sem informações, como a data de abertura da embalagem, o que dificulta o controle de validade.
Além das carnes mal acondicionadas, a equipe do Procon-MS encontrou, em estabelecimentos do interior do Estado, alimentos industrializados fora do prazo de validade ou mantidos de forma irregular. Segundo o órgão, esses produtos incluem pacotes de balas, pirulitos, temperos, ervilhas enlatadas e sucos em pó.
Em outros casos, a situação envolvia produtos impróprios para consumo, como no caso de um açougue em Itaporã, onde foi constatada a presença de carunchos e até fezes de rato em produtos como massas de macarrão e pacotes de farinha, evidenciando a falta de boas práticas de higiene no local.
O Procon-MS também orienta que, além da validade dos produtos, os consumidores devem estar atentos às condições das embalagens. “O principal fiscal hoje é o próprio consumidor, que pode observar irregularidades e, se necessário, denunciar. Se a embalagem está rompida, já não é possível garantir a qualidade do produto. Portanto, é fundamental ficar atento às condições das embalagens e dos rótulos dos produtos”, destaca a assessoria do órgão.
Denúncia
O Procon-MS, vinculado à Sead (Secretaria Estadual de Assistência Social e dos Direitos Humanos), assegura o direito dos consumidores à proteção contra práticas perigosas para a saúde e segurança, conforme o CDC (Código de Defesa do Consumidor). Qualquer cidadão pode registrar uma denúncia por meio do telefone 151, do aplicativo MS Digital ou pelo site do Procon, por meio deste link. (www.procon.ms.gov.br).
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