Passageiro que preferiu não se identificar, relatou ao site Capital do Pantanal sua experiência traumatizante na viagem fretada em ônibus do aplicativo Buser, que saiu de Campo Grande com destino à Corumbá na noite de ontem, domingo (15). Segundo relato, o ônibus quebrou próximo ao povoado de Salobra, por volta das 2h30 da madrugada e os passageiros tiveram que esperar por horas na BR 262, sem qualquer assistência.
Segundo o usuário, a previsão era que o socorro chegasse às 10 horas da manhã desta segunda-feira (16), ou seja, oito horas após o sinistro. Muito infeliz com a situação, o passageiro diz que se sentiu lesado e abandonado.
A Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) ressalta que o maior risco é a segurança, tanto durante a viagem quanto no pós-viagem, em caso de qualquer imprevisto. Não sendo um transporte autorizado, o clandestino não se submete às normas do serviço público que é devidamente regulado, tem veículos vistoriados, documentação verificada e cumprimento dos direitos dos usuários.
A apreensões de ônibus do aplicativo Buser já se tornaram comum na linha que liga as cidades de Corumbá e Ladário à Capital do Estado, isso porque a empresa tem apenas a autorização de operar na modalidade de fretamento, quando os interessados formam um grupo e assinam um contrato coletivo, sendo proibida a venda de bilhetes individuais e obrigatória a contratação da ida e da volta.
Em 31 de julho, em ação integrada com o Detran/MS e Polícia Militar os fiscais apreenderam dois ônibus a serviço do aplicativo Buser que faziam as linhas Corumbá-Campo Grande e Ladário-Campo Grande. Sem registro ou autorização da Agepan para operar linha intermunicipal, sem certificado de vistoria ou autorização de viagem eventual, os ônibus são considerados clandestinos.