Três casos de hantavírus foram confirmados na Bolívia pelo Serviço Departamental de Saúde (Sedes), de Santa Cruz de La Sierra, nesta quarta-feira (24).
De acordo com Dagner Montalván, responsável pelo Programa Hantavírus, os casos são de homem de 27 anos, da comunidade El Palmar, entre Concepción e San Ignacio; uma mulher de 45 anos, de San Julián e um homem de 43 anos, que está internado no hospital San Juan de Dios apresentando quadro estável. Um outro caso suspeito, de paciente internado no Hospital Francês, teve o exame testado negativo.
Segundo a Sedes, há 15 casos suspeitos nas províncias de Ichilo, Warnes, Guarayos, Andrés Ibáñez e Ñuflo de Chávez. Os casos positivos, segundo Montalván, são registrados após um ano sem infecção.
O médico explicou que o hantavírus é contraído ao respirar os excrementos de roedores da selva ou rurais. Ele listou os sintomas febre, falta de ar, dores musculares, dor de cabeça e mal-estar geral; indicou que, caso ocorra, a pessoa deve ir ao médico, pois, se não for diagnosticada a tempo, a doença pode levar à morte.
O hantavírus não é novo no país, Montalván destacou que houve casos em Cochabamba (Chapare) e Santa Cruz (San Julián, Postrervalle e Concepción).
No dia 30 de junho, uma jovem de 17 anos morreu vítima de hantavirose em Bermejo (Tarija). A doença estava avançada, segundo relato da rede de saúde daquele município.
Sobre a doença
A infecção provocada por hantavírus consiste de uma doença viral, transmitida pelos roedores às pessoas. O vírus pode causar infecções graves nos pulmões (com tosse e falta de ar) ou nos rins (com dor abdominal e, por vezes, insuficiência renal).
Fronteira
O fato do Brasil fazer fronteira com a Bolívia, através de Corumbá, mantém as autoridades de saúde sempre em alerta a qualquer possibilidade de doenças que possam ser trazidas para o lado de cá da linha territorial.
* Informações do El Deber