Associação Pantanal Corumbá Produz reúne produtos em casarão no Porto Geral. (Foto: Divulgação)Em um casarão no Porto Geral de Corumbá (MS), a poucos metros do rio Paraguai, funciona a sede da Associação Pantanal Corumbá Produz. Oficialmente formalizada em agosto de 2024, a entidade reúne atualmente 18 empreendedores da economia criativa da região – entre artesãos e representantes de pequenas agroindústrias localizadas em Corumbá, Ladário, Albuquerque e nos assentamentos do entorno pantaneiro.
Entre os produtos comercializados pelo grupo estão artesanato, mel, farinha de bocaiuva para pesca, pudim gourmet e licor de pequi – produtos que carregam em si a cultura e a natureza locais. A Associação reúne pessoas que acreditaram que, ao atuar de forma coletiva, conseguiriam ir mais longe. A união do grupo foi iniciada ainda durante a pandemia a partir de encontros e trocas. Com o tempo, a iniciativa ganhou corpo e, ao receber apoio de parceiros, consolidou-se como uma associação.
Suzianny da Silva Mosciaro Ebeling é uma das associadas desde o início do grupo, em 2020, e destaca o avanço que o coletivo conquistou. “Nós começamos o coletivo durante a pandemia, durante um projeto, e fomos ganhando forma. Recebemos a cedência de um prédio aqui no Porto Geral, a partir da parceria com a Joice Tur. E conquistamos algumas oportunidades que talvez não teríamos obtido se estivéssemos individualmente. O grupo tem mais força”, enfatiza.
Um dos apoios que fizeram a diferença na trajetória do grupo foi o do Sebrae, a partir do projeto Made in Pantanal. Ele nasceu como um selo para agregar valor à produtos e experiências locais, evoluiu para um marketplace e um programa estruturado de capacitação empresarial, gerando impactos significativos para pequenos negócios da região. A iniciativa do Sebrae/MS tem contribuído para que empreendedores da economia criativa do Pantanal enxerguem novas possibilidades de crescimento e colaboração, incentivando a formalização de associações que fortalecem suas atividades e ampliam suas oportunidades de mercado.
Artesãos são acompanhados pelo projeto Made in Pantanal, promovido pelo Sebrae/MS. Foto: DivulgaçãoInseridos no projeto, os empreendedores da Associação Pantanal Corumbá Produz participaram de diferentes trilhas de conhecimento. Entre as capacitações e consultorias, foram feitas orientações para que os artesãos realmente apropriassem da riqueza de tradições, culturas e de biodiversidade do Pantanal.
“O Made in Pantanal transformou a visão dos associados, mudou o foco dos negócios para o Pantanal. Os produtos evoluíram, a qualidade melhorou com os apoios do Sebrae. Depois, ganhamos mais visibilidade. O selo trouxe um respaldo a mais para a gente vender aqui em Corumbá, em feiras e nos eventos, em espaços que antes eram mais exclusivos do projeto”, detalha Suzianny.
Entre as metas para 2025, além das capacitações e novas oportunidades que o Made In Pantanal vai oferecer, os associados vão ter uma loja coletiva no Aeroporto Internacional de Corumbá, fecharam parceria com o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) para obter um programa de gerenciamento do negócio de todos os associados, que vai funcionar gratuitamente por 10 anos, e esperam ampliar o quadro de integrantes para mais de 25 empreendedoras e empreendedores.
A lista de produtos vendidos pelo Corumbá Produz no marketplace do Made In Pantanal podem ser consultadas no campo Corumbá; Ladário; e Albuquerque. Também estão na loja física coletiva, no Porto Geral, na rua Manoel Cavassa, 331, com atendimento de quarta-feira a sábado, das 9h às 12h e das 14h às 17h.
Made in Pantanal: selo que impulsiona negócios
Criado pelo Sebrae/MS no segundo semestre de 2022, o projeto Made in Pantanal surgiu como uma estratégia para valorizar a identidade pantaneira e impulsionar pequenos negócios ligados à cultura, gastronomia, artesanato e biodiversidade do bioma. Mais que uma marca coletiva, o projeto estimula a organização dos empreendedores e oferece ferramentas para fortalecer sua presença no mercado.
Peças artesanais de 18 profissionais associados são expostas ao público. Foto: DivulgaçãoA analista-técnica do Sebrae/MS, Katia Muller, detalha que os empreendedores da economia criativa, ao entrar no projeto, recebem diferentes acompanhamentos para se estruturarem melhor e descobrem novos horizontes nos negócios.
“A gente tem notado uma adesão espontânea porque o empresário entende que ele pode ter uma visibilidade participando de feiras, a partir da própria plataforma. Quem adere ao selo, ganha uma TAG para colocar no seu produto e ela inclui até um QR Code que leva à página oficial do empreendedor na plataforma. Inclui também participar de uma trilha de conhecimento empresarial, com acompanhamento de consultores para aprimorar produtos, recebem apoio sobre como participar em ações de mercado”, elenca a analista-técnica do Sebrae/MS.
Como uma marca coletiva, o Made In Pantanal é reconhecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e permite agregar valor a diferentes produtos, experiências, eventos e feiras. Também se tornou um marketplace com mais de 200 empreendedores para destacar o que tem um toque pantaneiro na sua essência e ser uma janela de vendas para o mundo.
Só em 2024, quem integrou o Made in Pantanal teve a possibilidade de participar de 5 feiras estaduais. Foram 48 empresas distintas envolvidas, o que garantiu aos empreendedores envolvidos uma arrecadação de mais de R$ 121,3 mil em vendas, valor que representou acréscimo médio de 21,43% na renda desses empreendedores.
Para conhecer tudo que já tem disponível na plataforma Made In Pantanal, acesse: madeinpantanal.sebrae.com.br/.
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