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COLUNA

Entrelinhas

Sylma Lima

Quando mais é o mesmo!

Há anos, Corumbá vem perdendo seu "povo" para outras localidades, e não se vê o mínimo esforço dos dirigentes públicos para inverter esse panorama

14 abril 2025 - 10h34

Não chega a ser novidade que Corumbá, desde meados dos anos 60, entrou em um ciclo de decadência econômica, quando o sistema de transporte brasileiro virou as costas para as hidrovias e prestigiou a rodovias.

Nesse ambiente, Corumbá viu-se isolada até 1985, ano que a BR 262 fora, parcialmente pavimentada (ficaram 35,0 quilômetros para depois (buraco das piranhas e rio Paraguai)).

Posteriormente, os dirigentes governamentais implementaram a conclusão da pavimentação e a construção da ponte do porto Morrinho nos fins do século XX.

No período, há muitos estudos afirmando que, Corumbá perdeu força econômica e política com a divisão do antigo estado de Mato Grosso, em 1977, quando deixou de situar-se no lado norte, onde, a aptidão da região pantaneira (negócios do agro) configurou-se como mola mestre para o progresso, com a chegada de investidores do sul brasileiro, que transformaram o atual Mato Grosso em uma potência mundial no cultivo de alimentos.

Vendo a atual realidade de Corumbá nota-se que tal estagnação econômica vem, dia após dia, se acentuando, mesmo quando diversas regiões de Mato Grosso do Sul assistem um acelerado ritmo de crescimento, recebendo investimentos que mudam a realidade da população local, atraindo migrantes para ocupação de vagas de trabalho ofertadas, entre esses, muitas famílias de Corumbá.

Fato é que, como resultante do Censo 2022, oficialmente, Corumbá perdeu 7,14% de sua população.

Houve, à época, esperneio do poder público municipal ao não aceitar tais números, pedindo novos levantamentos, etc. e tal.

Com a alternância do quadro de componentes de dirigentes políticos da cidade branca, parece que nada muda, e tudo continua como antes (meados dos anos 60 para cá).

É público e notório que Corumbá continua perdendo seu “povo” para outras localidades, pois não há ou, pelo menos se vê, o mínimo esforço para inverter esse panorama.

Os atuais mandatários e representantes políticos da capital do pantanal parecem estar com olhos vedados para essa realidade, ao reunir a população e divulga nas mídias informativas, atos de diversos atividades (saúde, educação, habitação, etc.) governamentais que, na verdade, tratam-se de obrigação do bom desempenho dos cargos por eles investidos.

É primordial e imperativo, buscar, imediatamente, mudanças para estancar essa situação de desânimo que sofre a população de Corumbá, ao ver seus filhos migrarem para outras cidades em busca de dias melhores.

Nesse sentido, a união de TODOS se faz necessário. Governantes, empresários e trabalhadores, buscando investimentos de grande porte para ofertar uma melhoria salarial para as futuras gerações de corumbaenses, deve ser o ritmo atual.

Do mesmo, ou ao contrário, assistiremos a invasão de pequenos comerciantes estrangeiros nas beiradas das esquinas da cidade, que de forma una, também buscam melhores dias para seus entes, pois, na atualidade o que ocorre pelas bandas de cá, ocorre pelas bandas de lá.

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