COLUNA
De todos os cargos políticos, o de senador é o mais sublime dos interesses políticos. O mandato é de oito anos. Tem vida tranquila, influência social, política no País todo e projeção nacional que permite holofotes em várias comissões, emendas parlamentares, cacifar para cargos como governador e até a presidência da república.
Nos termos democráticos, em 2026 teremos novas eleições e para o cargo de senador serão duas vagas para cada estado da federação. O senado tem prestígio histórico, constitucional, legal e social, e tem diversas matérias constitucionais que compete privativamente ao Senado Federal, nos termos do art. 52 da Constituição Federal de 1988, como “ I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles e “ II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade”, o famoso Impeachmet, dentre outras competências e atribuições.
Aqui no nosso estado de Mato Grosso do Sul, o jogo político e direcionamento acerca de candidatos ao Senado já começam a todo vapor. Nos bastidores há nomes de figurões que já contam como vitória uma vaga, com nomes conhecidos se evidenciando para o sonhado cargo de senador da república. Para alguns, representa o coroamento e “Oscar” de uma vida dedicada à política com vários cargos exercidos anteriormente; uma aposentadoria tranquila. Contra esta lógica, há os novatos, os “contra o sistema”, que estarão mais uma vez vendendo ilusões e retroalimentados pelo fanatismo político, agora junto e misturado com religião, seitas, setor empresarial, do agro, etc.
O curioso é que políticos experientes e reeleitos para vários mandatos e outros com notoriedade abalada e em declínio, já ventilam a candidatura do sonhado cargo de senador da república. Alguns têm a quase certeza da reeleição para deputado federal, mas preferem o “filé” da vida política do prestigiado senado, que nos termos romanos, em certo período, mandava até nos governantes e gerenciava as cidades. Ocorre que processos criminais e outros por improbidade podem abalar o sonho sonhado e virar um pesadelo em 2026, inclusive com operações policiais destruindo qualquer chance de disputa.
Sonhar grande é importante no mundo da política. Porém, lembrando Ícaro, é bom ter cuidado com sonhos distantes da realidade e perigo de voar perto do sol. Ou seja, avaliar o cenário político sem paixões a fim de evitar os conhecidos fracassos eleitorais e o túmulo político, já que tem derrotas que significam o fim da carreira política. Vai devagar que o santo é de barro.
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